Na minha curta passagem pelo Camaxilo, relembro pequenas histórias que acho por conveniente, relatar…
HISTÓRIA DO LEITÃO
Neste ano de 1970, aquando da minha curta estadia por terras do Camaxilo, sentia que aquele aeródromo ficava no “cu do mundo”. Tudo faltava. A água que se tinha que ir buscar, longe, a comida que se tinha que caçar, e só a saudade e a nostalgia é que abundava…
Resolvemos criar um porquito para passar os dias da melhor forma, e ao alimentarmos esse animal, dedicávamos-lhe um carinho especial como se tratasse da nossa “mascote” querida. Porém, houve altura em que a fome apertava e já se colocava a hipótese de matar a criatura…
A rezinga ia aquecendo e, por fim, formaram-se duas comissões. Uma, para o abate, outra, para defender a continuidade da vida do pobrezinho. Uns, queriam comê-lo outros, acarinhá-lo, como se de um humano se tratasse.
Realiza-se a votação, e o qual foi o veredicto?
Mate-se….
Matou-se, esfolou-se e comeu-se. Quem? Os que foram de opinião em que matasse.
Os outros, defenderam pelo que tinham votado … e não o saborearam.
Morreu o leitão, mas deu azo a uma pequena história que marcou um período de estadia, algures no Leste dos lestes de Angola e que perdura na memória de meia dúzia de especialistas.
Doutra vez, pois o tempo tinha que se passar de qualquer forma.. foi a sorte com a história dum cão vadio e “sanzaleiro”.
O Camaxilo era farto e forte em “cantáridas”. Pequeno insecto que depois de morto era seco ao sol até ficar torresmo. Esmagado, tornava-se em pó e, esse pó, segundo se constava, era afrodisíaco.
O nosso amigo cão “sanzaleiro” acompanhava-nos por tudo o que era sítio e, alguém veio com a ideia de dar um pouco desse pó, ao cão. Assim, confirmar-se-ia a veracidade da química…
Resultado. O cão apanhou todas as suas companheiras e só as largou, após exaustão.
Foi um fartote de riso. Foi o filme desse dia e que ficou gravado para sempre. Nem sei se alguém experimentou o remédio milagreiro !....
FALSO ALARME
Deslocados nos confins da savana, o Camaxilo era pequeno e fraco em instalações. Quem lá caísse, por muito valente que quisesse ser, sentia, um certo receio pela calada da noite. Aliás, em volta das instalações deste aeródromo havia umas trincheiras, que pretendiam servir para proteger os residentes em caso de combate.
Enquanto uns militares iam à água potável, geralmente cinco ou seis, com a viatura e os bidões próprios, os outros, permaneciam no aeródromo, no trabalho de abertura desta espécie de trincheiras.
Certo dia, sem contarmos, houve detonação em tudo o que era canto. Tudo ficou em alvoroço. Colocam-se os militares em postos incertos e desorganizadamente.
O ataque parecia iminente, verdadeiro, e o “cagaço” foi brutal. Preparam-se as armas que poucos sabiam onde encontrar e, mesmos essas, ainda estavam por carregar…
Conclusão. O Tenente, comandante do aquartelamento da época, quis pôr à prova a capacidade do pessoal e, este, aprendeu bem a lição pois, poderia ter sido uma real caçada ao homem branco.
Por:
Mário Guardado Sargaço MELEC
Desejo contatar pessoal da Poçicia Aerea em Angola AB4 Henrique Carvalho ou Camaxilo,que lá tenham estado como eu entre 1970\72. PA 430/69 Bexiga.Contato tlf. 916832435
ResponderEliminarCaro Bexiga.
ResponderEliminarAgradecemos o seu contacto.
Iremos divulgar este seu apelo, esperando que alguem desse tempo se apresente.
Entretanto, recomendamos que faca uma visita ao ALBUM DE FOTOS e nomeadamente na pasta NOS ONTEM E HOJE, pode ser que descubra alguem de 70-72 e dessa forma ver a possibilidade de contacto.
Tambem o gostariamos de incluir nas nossas listas, pelo que agradeciamos que nos contactasse pelo mail
especialista.do.ab4@gmail.com
Um abraco AB4
Pelos editores
A. Neves
Olá sou o primeiro cabo da Polícia aérea 34/68 e gostaria de contatar antigos camaradas obrigado
ResponderEliminarA maneira mais fácil é aqui:
Eliminarhttps://www.facebook.com/groups/126509240699332