quinta-feira, 30 de maio de 2019

"IR AO CHARCO" - E SE TIVERMOS DE AMARAR ?


Embora seja uma situação rara que não aconteça todos os dias à maioria de nós, a possibilidade de termos de fazer uma aterragem de emergência na água, mesmo longe de um oceano ou de um rio é algo que tem de estar permanentemente na cabeça de qualquer piloto. Mesmo horas antes de voar.
Tal como, espero, a esmagadora maioria de vós, ainda não me calhou na rifa ter de amarar. Este termo passa despercebido da maioria dos pilotos, possivelmente porque os aparelhos em que voamos, jamais serão vistos em pleno oceano fora do alcance visual de terra, envoltos em tempestades caindo sobre ondas de seis metros. Voamos quase sempre sobre terra. Por isso, amarar é algo que raramente passa pela nossa cabeça durante mais do que alguns segundos . 
A aterragem forçada do Airbus do Comandante Sullenberger no Hudson, além de toda a exposição mediática de ter sido considerado um milagre da Aviação, veio sobretudo abrir o debate na comunidade aeronáutica de que uma amaragem pode ter de acontecer quando menos se espera, e sobretudo, que o seu desfecho não está dependente de uma entidade sobrenatural mas antes de uma preparação mental constante para esta eventualidade. Aposto, que quando o Comandante Sullenberger empurrou as manetes de potência para descolar do aeroporto de La Guardia, já tinha na sua cabeça a probabilidade de uma possível amaragem. 
Foi isso que salvou aquela gente toda.


Este é uma tema muito vasto e complexo, e um tema sobre o qual tenho muita curiosidade e interesse. Como sabem vivo numa ilha, e mais do que isso, numa uma ilha polvilhada por lagos e rios. E onde graças à quantidade de pilotos de ultraleves que se aventuram “ fora de portas”, não raro somos surpreendidos por notícias mais ou menos felizes acerca de uma aterragem de emergência no meio líquido.
Pensar numa amaragem, é incompreensivelmente para muitos pilotos um pensamento que apenas ocorre quando o barrote pára subitamente sobre um lago ou sobre a travessia de um rio. Não pode ser.
A minimização dos efeitos de uma amaragem começam logo na navegação, quando planeamos o vôo na noite anterior. Será que este vôo passa por grandes superfícies de água? Será que não podemos fazer um pequeno desvio e atravessar numa zona mais estreita? Mas curiosamente, e paradoxalmente, a escolha de grandes superfícies de água pode significar um aumento da segurança de vôo: por exemplo, se eu tiver uma floresta para atravessar, e o motor me falhar aí, prefiro amarar do que meter o ultraleve em cima dos pinheiros. A amaragem assume assim um papel quase omnipresente em cada vôo, de uma forma que nunca imaginámos.


Na eventualidade de ter de amarar, seja por não ter outra opção, seja porque realmente é a “melhor” opção, há que ter em conta de um modo automático na nossa cabeça certos aspectos. E estes aspectos têm de vir tão rapidamente à nossa cabeça como quando a nossa professora da primária nos perguntava quanto era 2+2. A primeira coisa, mal nos apercebamos que estamos em perigo, é lembrar-nos da máxima da Aviação: “Aviate, Navigate, Comunicate”. Manter o avião no ar, decidir onde é que o vamos pôr, e se houver tempo, comunicar. Isto pode não ser possível à posteriori com um Iphone e um rádio submersos.
Mas paciência!
Posto isto, deve-se eleger o terreno para aterrar. Em caso de ter de escolher entre uns pinheiros ou uma pedreira, e um lago ou um rio, obviamente escolherei o lago ou o rio.
Ao escolher o meio líquido, convém tentar aperceber-mo-nos de alguma zona onde se encontrem pessoas ou viaturas, que possam ajudar. Convém aterrar de forma paralela à margem, o mais junto possível de modo a poder ser socorrido ou poder nadar para a margem. Como a aterragem deve ser efectuada contra o vento, um truque que aprendi para verificar o vento é observar as pequenas ondinhas no lago ou no rio, e sobretudo em como não existem ondas junto à margem de onde o vento ocorre!
Sobrevoar praias é uma das actividades mais apetecíveis e inesquecíveis de todo o espectro da Aviação. Muitos de nós sobrevoam praias com regularidade. Todo aquele extenso areal lisinho com pessoas a dizerem-nos adeus, e um azul a perder de vista . Quando as coisas correm menos bem, muitas vezes será necessário pôr o avião na água, pois a não ser que seja Inverno ou uma praia muito vasta, o areal vai estar cheio de pessoas. É desejável que este procedimento seja feito também paralelo à costa e perpendicular à ondulação, e o mais possível junto da margem para possibilitar o socorro ou o abandono da aeronave. Convém escolher uma área onde ocorra a menos ondulação possível.
Existe a percepção errada de que é o impacto na água que provoca a perda de vidas humanas. Mas na maioria das situações de amaragem, os ocupantes sobrevivem, e é um conjunto de situações posteriores que potencia a perda de vidas humanas. Uma das principais causas é o choque térmico. A entrada na água fria, acompanhada de um pânico compreensível, e a necessidade de ter de sair dali rapidamente antes que o aparelho se afunde. 
Começam já a existir organismos e empresas civis onde se pode treinar num tanque ou piscina com mergulhadores de prevenção, a eventualidade de uma amaragem e onde se pode experimentar este choque. A maioria dos participantes nestes cursos, admite que ficam muito impressionados e surpreendidos, em como, mesmo num ambiente controlado de uma piscina com auxílio imediato, perdem rapidamente a orientação, entram em choque térmico, e ficam extremamente stressados com a situação. Isto numa piscina.
É de esperar no momento que o avião toque na água, uma desaceleração brutal, e mesmo destruição de parte deste. Uma destruição que pode por exemplo, impedir-nos de sair rapidamente do seu interior. Muitas das vezes o avião capota devido ao embate, ficando voltado de pernas para o ar, impedindo os ocupantes de saírem e aumentando a desorientação de uma forma fatal. 
Posto isto, a aproximação à água tem de ser feita na menor razão de descida possível, à menor velocidade possível. Certos pilotos experimentados falam em como tentam deliberadamente tocar primeiro com a cauda na água. No momento do embate, toda a carga que esteja solta dentro do avião irá ser deslocada violentamente para a frente. Malas atrás do banco e outro equipamento que vai ferir ou dificultar o já de si reduzido espaço de manobra para sair do aparelho. Embora se deva ter o cinto colocado no momento do embate, em aviões onde isso seja possível, os ocupantes devem manter as pernas quase para fora do aparelho ou prontas de maneira que possam ficar desimpedidas, evitando que fiquem presas dentro do avião. Esta parece ser uma dica válida veiculada por quem já teve de amarar. As portas devem estar destrancadas.


É triste saber que a maioria das pessoas sobrevive a uma amaragem, apenas para perderem a vida devido a hipotermia ou afogamento posterior.
Cada vez mais se usam Personal Locating Beacons(PLBs), que são dispositivos que emitem um sinal de socorro captado imediatamente pelos serviços de busca a salvamento. Comunicar ou pedir socorro quando dispomos de poucos minutos para descrever a nossa localização, nem sempre é possível. Principalmente se nem rádio tivermos. E muito menos quando já dentro de água todos molhados e com falta de ar a lutar por sobreviver.
Efectuar um Plano de Vôo e fechá-lo na conclusão do vôo é sempre uma forte ajuda.
A travessia do canal da Mancha por exemplo obriga a que se vista um colete salva-vidas. Nisto dos exemplos e sugestões tudo é bem-vindo. Este texto que aqui vos trouxe hoje não é nenhum manual. O seu objectivo é lançar o debate e colocar a hipótese constante de uma amaragem na cabeça dos meus amigos que prezo e convivo.
Amarar pode ter um desfecho trágico mesmo num lagozito, num rio ou numa barragem a poucos Km num aeródromo do interior do país e não necessariamente num oceano. Estejam à vontade para acrescentar ou debater estes procedimentos nos comentários em baixo. Um forte abraço e bons vôos.
Mike Silva.





Autor de Trapo e tubo. 23 de Outubro de 2016. Fotos US Navy.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

A SITUAÇÃO...AS SITUAÇÕES!


Era uma operação simples, coisa de um dia para outro, nem valia a pena o operador rádio ir carregado com duas baterias dos TR28…
Ficaram cercados , gastaram munições e mais munições e o “meu homem” das transmissões só pedia mais “supositórios douradinhos” e os Saltimbancos tentaram ir lá em socorro.
Onde? Onde?
Que façam uma fogueira!
Fogueira?! Estamos aqui cercados, temos uma média de 5 munições por homem e querem que façamos uma fogueira a denunciar a nossa presença?
Que fazer? Os Homens no terreno podiam comunicar com o Heli à vista ou seja a cerca de 1 km, o Heli perdia o contacto com a base a 20 km. As nossas comunicações eram em SSB as da Força Aérea em AM, que fazer?
Ir buscar um velho rádio a trabalhar em AM e tentar coordenar a operação, ou mandar a bordo do heli um dos “Meus homens”, que comandaria a bordo do heli as ligações com a Base Luso e os Homens no terreno? 

Rodrigues e José Carvalho testando um TR28

Eu e o Comandante do Batalhão estávamos no posto rádio a seguir a situação e a tentar fazer o nosso melhor, com a vontade de um e as condições técnicas do outro…e eu a pensar…eh pá, era uma operação simples, era ir e voltar…e se a bateria do rádio vai abaixo?
Entretanto o comandante do batalhão diz-me:
Monteiro, vamos almoçar?
Indignado eu respondi: Não saio daqui até que a situação se resolva!
E vinha cá fora e mijava à vontade .-.-. à terceira ou quarta tentativa os Saltimbancos, lá localizaram os homens, pelas 3 da tarde…e quando um dos “meus homens”, o António Ramos feliz dizia, que tinham chegado os supositórios douradinhos…lá fiquei aliviado e pedi transporte para o Luso Hotel…depois fui parar ao hospital, stress ou qualquer outro trauma, levei 3 litros de soro e ainda hoje tenho um prazer Muito Especial em dar um abraço de cada vez, que tenho a oportunidade em estar com “um dos meus homens”, o António Ramos…ainda um dia mas vais pagar…!!!









Armando Monteiro.
Alf.Mil.Transmissões BCaç 3831

quinta-feira, 16 de maio de 2019

QUANDO O CORREIO FALHAVA

Ninda, operação em curso - foto de Alberto Machado

Ia ter lugar, a partir de Ninda, a sul de Gago Coutinho, mais uma operação, que até ia ser acompanhada pelo jornalista Alfredo Farinha, de helicóptero, para fazer reportagem.
Naquele dia, o transporte do correio entre a sede do Batalhão, em Gago Coutinho, e Ninda, onde estavam os destinatários, foi feito por uma coluna que se deparou com o anoitecer e optou por permanecer a meio caminho, num acampamento da JAEA, Junta Autónoma das Estradas de Angola (mais conhecida como JAPA - Junta Autónoma das Picadas de Angola) que andava por ali a arranjar os pavimentos das "estradas".
O correio só chegaria, portanto, na manhã seguinte, para grande frustração dos soldados da companhia de Ninda, que sabiam que as notícias de casa estavam ali a uns meros vinte quilómetros de distância. Em véspera de saírem para o mato, gerou-se um grande burburinho com muitas reclamações e até alguma histeria. 
Estava na messe de oficiais de Ninda quando me apercebi do sururu. 
Construção da estrada Gago Coutinho/Ninda - foto de Pelotão Morteiros 3058

Por regra não se voava de noite por ser bastante arriscado, mas tinha a meu cargo um Alouette III e vi os homens numa tal angústia que pedi autorização para ir, com o mecânico, que não me recordo quem era naquela operação, buscar o correio para aquela gente.
De entre as várias missões que efectuei enquanto piloto, transporte de tropas, evacuação de feridos, foi a melhor missão entre todas as que desempenhei, e só quem lá esteve para ver a alegria e gratidão daqueles homens é que sabe avaliar o valor daquele voo nocturno, e a comoção que ainda perdura ao recordar aqueles momentos.
Convém salientar, que a correspondência constituía o principal pilar na vida dos militares, toda a hierarquia reconhecia essa importância.
Hoje em dia, felizmente a tecnologia evoluiu e a internet permite o contacto ao momento, naquela época o meio de comunicação possível era o "bate estradas".


Por:





quinta-feira, 9 de maio de 2019

QUEM É ESTE BIGODES ?! CONTINUAÇÃO DA SAGA !

Muié, lançamento da Operação Zumbo 3H

Conforme artigo anterior e após a entrada em cena do Carlos Vidal, eis o seu relato.
Alô José Reis.
Muito obrigado pelo envio deste email. Gostei!
Tirando a guerra, que é um flagelo, passei momentos muito bons da minha vida.
Tive a oportunidade de: 
Conhecer homens de excepção com um carácter e humanidade invulgar.
Conhecer pessoas fabulosas, quer nas cidades, quer no mato cujas populações genuínas com uma grande Alma. Destas, inclusive do IN, que lutavam contra nós ...
Conhecer locais lindos, cuja Flora e Fauna são Ímpares.
Não vou enumerar todos aqueles Homens excepcionais  com quem me cruzei ...
Tropa Normal - Comandos - Paraquedistas - Flechas - PIDE - Comerciantes, População em geral.
Quatro "Saltimbancos" fundadores: Afonso Costa, Carlos Antolin, Zé Lopes e Félix Rafael

O grupo dos SALTIMBANCOS, de que sou fundador lembro o Grande Chefe  Rafael em nome de todos.
Comandos - Santos e Castro, um senhor.
Paraquedistas - Durão e Loureiro e Costa.
Flechas - Tó Zé Avelar. O Homem com quem fiz muitas operações e mantive sempre contacto. Também um grande amigo.
"Ás de Espadas" - Ten. Coronel  Lage. Um Homem humano, inteligente, alegre e operacional.
Cangamba - Maj. Marquilhas, Ten.Cor. Lage  e  Abecassis

Fiz muitas operações e evacuações em Cangamba, Cangumbe, Muié.  
Um dia, cedo, muito cedo, ainda noite, saí de Gago Coutinho com o Vieira, fomos ao mato buscar o "14", que ao entardecer numa perseguição levou um tiro no sobrolho.
Fez questão de vir por seu pé para o Heli, contou a história, e à chegada a Camgamba o mesmo. Voltou a contar a história ao Ten. Coronel Lage, subiu para o PV2, que o levou para o Luso. Mais tarde foi para Luanda e, cego de um olho voltou para o combate pois queria estar com os seus Homens !!!  Histórias sem comentários.
Uma operação que lembro, foi com os "Primos", saída de Cangamba, aterragem em Cangumbe onde entraram os jovens que faziam a protecção à JAE.
Era o último dia de 7, de uma operação cujos objectivos estavam bem para sul!!! E nada de especial tinha acontecido ...
"Litle Monster"
Quando descolámos de Cangumbe, atravessámos o rio e demos com o acampamento IN, cheio de trincheiras..., cheio de armamento... correu tudo bem.
Eu, ia no Heli Canhão com o atirador e o Chefe dos "Primos", "Litle Monster" ...
Este, escreveu um livro com várias referências. " SHOPPER  PILOT ".
...
Estou neste momento a abrandar ...
Dia 18 de Maio, almoço na Ota, dos Saltimbancos, convido-te a ires comigo.

Grande abraço, Carlos

quinta-feira, 2 de maio de 2019

QUEM É ESTE BIGODES ?!

Do nosso amigo do Batalhão de Cavalaria 2899 "Ás de Espadas", José Reis, recebemos o seguinte repto.
Quem é este bigodes ?!

Diz-nos o José Reis:
"Já há tempos que tinha aqui fixado esta imagem de um dos filmes do nosso canal, foi um print screen instintivo. Ora na Operação Zumbo 3H, realizada na zona do Muié, em 1970 e retratada em
https://www.youtube.com/watch?v=9aOfE5YjFgE&t 
Ao minuto 3:20, aparece alguém que penso ser o mesmo “bigodes”, que está junto ao T6.
Gago Coutinho, Julho de 1970, Gonçalo de Carvalho e Carlos Vidal o possível "bigodes".

A ideia com que fiquei era que ele estava lá no Muié como apontador de helicanhão.
Foi apanhado no filme, eu depois segui no héli e nunca mais o vi. É uma figura que não esquece.!!!
Reconhece? Tem algum contacto?"

Óculos Ray Band, as parecenças tantas, que só me podia oferecer esta resposta: 
"Ora bem José Reis, na foto do T6 sentado no pneu está o Gonçalo de Carvalho, que era piloto de DO 27 e T6, na caixa está o Carlos Melo Vidal que foi piloto dos helis. Essa foto é de Julho de 1970. O Carlos Vidal esteve no leste até 1971, portanto, para mim, é ele o "bigodes" que consta do vídeo.
Se era o operador do canhão? Por vezes aconteceu ser um piloto a fazê-lo.
Tenho o contacto dele, é enviar-lhe um mail com toda a certeza que responderá."

O contacto é feito e a respectiva apresentação:
"Bom dia meu caro Vidal
Fui alferes Miliciano do "Ás de Espadas", na Companhia do Muié (Leste de Angola).
Sempre tive o gosto pela recolha de imagens, e naquela época, coisa difícil, consegui levar a minha máquina e sempre que tinha filmes (1.300$00 por 3/5 (?) minutos), e as condições permitiam ia apanhando umas imagens.
...
Carlos Antolin e Carlos Serra

Do pessoal da Força Aérea com quem “trabalhámos”!, ficou-me o nome do Antolim (que fez a evacuação naquele dia da morte do capitão José Manuel Costa Martins, do Muié), e depois o Serra com o seu bonezinho alaranjado. Mais tarde sem nunca ter conhecido pessoalmente tenho contactado com o Gonçalo Carvalho, sempre muito cordial e que me tem dado até alguns ficheiros com mapas da região.
Eu assumo a carolice da organização dos Encontros anuais (vamos para o 36º.) e com a ajuda do meu filho criámos um site próprio www.batalhaoasdeespadas.com .
Há vários filmes que me orgulho de serem bem apreciados por quem os acede.
Um deles é precisamente referente à Operação Zumbo 3H, o primeiro que foi para o youtube através do Canal AB4HC https://www.youtube.com/user/AB4HC/videos e que já conta com +/- 3.800 visualizações. 
Nesse filme, aparece de rompante, “alguém” que pelo seu bigode bem trabalhado, me despertou a atenção, sempre me disseram que seria apontador do helicanhão !
Ora venho agora a saber, que afinal é o amigo Vidal conforme indicação dada pelo Neves.
Há dois anos tivemos o privilégio de ter connosco em Campo Maior no Encontro anual, precisamente o Antolin e a esposa que acedeu ao meu convite para estar connosco. Na altura, ele referiu-me que ia ver se o Vidal também estaria disponível, (não estava), sem eu saber que afinal era o homem do bigode.
...
Já um dia mandei este filme ao Serra que aparece em voo a pilotar o heli em que fui lançado, mas não sei se recebeu. Não deu feedback.
Grande abraço. José Reis "

Entretanto, quando tudo parecia estar a conjugar-se, eis que o Carlos Vidal responde: 
"Alô José Reis
Uma correção.
O Jovem de boné, óculos Rayban e bigode afiado, NÃO SOU EU !!! EU, estou com o Chorão de Carvalho, além que era mais bonito !!!!!
Grande abraço,  Carlos."

Bom, agora, olhando melhor, o incógnito "bigodes" não tem covinha no queixo...e o Carlos Vidal, continua a ter !!!
Resumindo e concluindo, ficamos na mesma como no início, não sabemos quem é o "bigodes", portanto, quem poder ajudar a deslindar o caso, agradecemos.