quarta-feira, 31 de julho de 2013

COSMONAUTICA 1

                                     HERÓIS DO ESPAÇO

O primeiro homem a viajar pelo espaço

Yuri Aleksevitch Gagarin 


O primeiro cosmonauta do Mundo a voar em voo orbital foi o russo Yuri  Gagarin, como nos recordamos.Era então um Major de 27 anos, quando no dia 12 de Abril de 1961, tripulando a cosmonave “Vostok 1”, impelida por um poderoso foguete RD 107 (de 5.200kg) que circulou o globo terrestre em 1 hora e 48 minutos.

John Herschel Glenn
John Glenn aos 77 anos, quando foi pela segunda vez ao espaço, como tripulante do ônibus espacial Discovery.
Foi o tenente- coronel John Glenn, que no dia 20 de Fevereiro de 1962, tripulando uma nava “Mercury” – baptizada de “Friendship 7” (Amizade 7), realizou um voo orbital, efectuando três voltas em torno da Terra, acabando por pousar 250 quilómetros da ilhMalcolma do Grande Turco, nas Bahamas.
John Glenn esteve no espaço 9 dias2 horas e 39 minutos
Malcolm Scott Carpenter

O Comandante Scott Carpenter no dia 24 de Maio de 1962, também efectuou um voo orbital de três voltas em torno da Terra.
Scott Carpenter permaneceu no espaço 4horas e 56 minutos

Walter 'Wally' Marty Schirra Jr
No mesmo ano ainda, no dia 3 de Outubro 1962 O comandante ‘Wally’ Schirra foi ao espaço pela primeira vez na nave Sigma 7, para uma missão de seis órbitas em volta de Terra
Walter Schirra esteve no espaço 9 horas e 13 minutos

Alan Barlett Shepard, Jr

Já anteriormente os americanos haviam realizado dois voos sub -orbitais: um a 5 de Maio de 1961, na cosmonave “Mercury”, a- “Freedom 7”( Liberdade 7),tripuladada pelo comandante, Alan Shepard.
Alan Shepard esteve no espaço 216 horas e 57 minutos


Virgil Ivan Grissom

O outro voo foi efectuado pelo capitão Virgil Grisson no dia 21 de Julho do mesmo ano, numa cosmonave também “Mercury”, o “Liberty Bell 7 (Sino da Liberdade)
Virgil Grisson esteve no espaço 5 horas e 7 minuto Note-se todavia, que o voo suborbital não é, propriamente, um voo cosmonáutico. O voo suborbital assemelha-se a trajectória balística clássica. O satélite é lançado a grande altura por um foguete, e volta a cair sem chegar a completar uma volta em torno da Terra. A NASA serviu-se deste tipo de experiencia para adquirir o domínio necessário para a seguir, lançar cosmonautas em voo orbital.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

ALOUETTE III, COMBATENTE INCANSÁVEL


Alouette III, transportador incansável, digo isto por, no ano de 1972, um camarada piloto de helicópteros, por muito que rebusque não dou com o rosto, e, confesso, muito me agradaria lembrar-me, mas recordo a situação que era de fome futura no AM 44 - Cazombo.
A urgência aconselhou-me o pedido de socorro. 
Saímos, dinheiro no bolso, um grande saco de sal, vinho branco, e G3 na mão.
Encontrámos umas vacas e o respectivo vaqueiro e o negócio fez-se, financeiramente não correu mal, o sal e o vinho bastaram, um tiro acalmou a transportada e tornou o transporte mais seguro. Pendurada no patim, embora sem certificação sanitária, acabou no nosso prato, graças à disponibilidade de um camarada piloto e da sua máquina.
Não me lembro, talvez este tenha sido o último helicóptero sediado no Cazombo em regime de destacamento. 
Tenho alguns amigos entre o pessoal dos helicópteros, do P2 de 69, foram muitos os escolhidos para esta aeronave, daí a inserção desta recordação nada heróica, porém meritória - HELI não era só transporte de guerreiros, evacuação de feridos, transporte de VIPs, apoio de Heli canhão às tropas em terra, foi também transporte de viandas. 

Abraço a todos.




         

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O ACIDENTE DOS HELIS 9255 e 9361, DE 28 DE MARÇO DE 1974

Hermínio Baptista, Comandante dos Saltimbancos, amigo do Restelo desde 1955, vivíamos a cerca de 50 metros, janelas com janelas.
 Foto de Benjamim Almeida da C.Art. 6551
Desse dia, 28 de Março de 1974, fica esta dor maior, mais profunda por ter aterrado no meio da mata para recuperar os dois corpos e levá-los para o Hospital do Luso.
Depois, e porque o Passos Cruz ficou abalado e incapaz de voar, foi preciso que o Vasco Torre do Vale, que já tinha mais de 50 horas nesse mês - dia 28 - e o Zé Ramos, com as malas de fim de comissão já feitas, pegassem em duas máquinas e se juntassem ao João Cavaleiro, ao Flávio Llorent e a mim, com apoio dos T6, e fôssemos tirar da mata a companhia de comandos que já não tinha comida e andava às voltas com a UNITA.
Tudo começou 2 ou 3 dias antes, quando, em operação, e com uma formação semelhante, se acendeu a luz de temperatura da BTP. Aterrei, o MMA viu que não havia fuga de óleo e prossegui até ao Luso.
Num dos dois dias seguintes a máquina foi dada como pronta e fui fazer o voo de experiência, puxei até não poder mais e a luz não acendeu novamente.
No dia 28 descolámos à 06:00h e às 06:20h a luz acendeu novamente, o Hermínio Baptista disse, "já estava a espera"; aterrei para fazer a verificação. Eu ia a 1 por ser o mais antigo na zona e o Moutinho, que ia a 2, ficou a 1, o Hermínio Baptista, na "fisga"(canhão), deu instruções para 360º. pela esquerda.

Ouvi um "atenção!" e depois silêncio geral.
Um dos outros reportou que parecia que tinha havido um acidente, descolei do buraco e não vi ninguém, só depois percebi que os três - Cavaleiro, Llorent e Passos Cruz - iam em direcção ao caminho de ferro, tendo aterrado.
Juntei-me a eles, que ficaram no solo a comunicar o sucedido e fui, com o MMA, recuperar os corpos do Baptista e julgo que do Martinez, pois os outros três estavam em local inacessível. Levei-os directamente para o hospital.
Àquela hora o sol estava baixo, e voávamos de Leste para Oeste, quando fizeram os 360º, o Moutinho ficou com o sol de frente e não viu o Baptista, que ainda não tinha iniciado a volta, pois vinha a fechar a formação.

Por:



 




Nota dos editores, neste acidente faleceram os seguintes companheiros: 


Descansem em paz !

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O FESTIVAL ÁEREO DE BRAGA


Uns dias antes, fui designado para fazer acrobacia "solo", pelo então Ten.Pil.Nav. António José Alves Pereira(O thef). 
Fui de S.Jacinto a Palmeira no 1375, novinho, (a quem eu tinha "tirado a virgindade"), para "reconhecer" o Aeródromo...hihihihihihi eu estava fartinho, mais o Manelito Caridade, de ir lá, "comer os malmequeres e partir os penicos de barro"...o Caridade ficava em Vila Verde e eu ia uns 3Kms mais a norte - ao Pico de Regalados - "voar debaixo das árvores"...depois regressávamos à BA7. 
No "reconhecimento" a Palmeira, conheci lá o Maj. Pil. Nav. Canavilhas, um "bom garfo e melhor copo" (pai da Canavilhas pianista, ex-ministra da educação), que me aconselhou a não "entornar muito verdasco", porque fazia mal...diz o roto ao nu...eu fui criado a mamar tintol verdasco das tetas da minha velhota (que Deus a tenha lá, à minha espera até um dia destes...) e tive logo um "professor a dar lições"...hihihihihihi.*


No dia 23Jun1960 (Chipça, como isso já vai tão longe!!!), 5 "chikapuns" da BA7 arribam ao Aeródromo de Palmeira, fazem várias passagens, saio da formação e começa a "cena"...estava um calor do caneco, fiz as figuras com mais "pastilha" (à cause des mouches...) do que o normal mas, num dado momento, ao querer enrolar um "tonneau" baixo prà direita, o passarinho não quis e eu não tive outro remédio senão reenrolá-lo prà "escanherda" e o bicho lá obedeceu; voltei a subir, fiz mais umas piruetas e aterrei.
O pior estava para vir: o Cor.Pil.Av. Magro, comandante da BA7, chamou-me e mandou-me agradecer os aplausos (eu que não tinha ouvido nada...nem tinha jeito para papagaio, lá consegui dizer meia dúzia de "pópós seguidos") mas, confesso, a coisa não saiu lá muito janota...enfim, entre mortos e feridos, lá escapei...
A seguir, fomos todos para a farra em Braga: foi de tal ordem que ficámos todos com as velas encharcadas, a malta na cidade não nos largava e só sei que fomos dormir, bem "entornados"(?), num lar, na Rua dos Capelistas, até à saída para S. Jacinto; estava toda a malta com os "olhos cheios de teias de aranha" e não dava com o rumo para a Base...valeu-nos a Zanaga de Paços de Ferreira !!! O pessoal da "Bracara Augusta"(Gente Fina, claro!!!) não teve mais o que nos fazer!!! Nunca mais esquecerei essa façanha!!!
Eis aqui, ao fim de 50 anos, o relato das façanhas deste jovem de quase 73 primaveras...éramos todos novos, cheios de sangue na guelra, mas com uma carola do caneco, própria de quem no inverno, com 4 "Chips" em coluna, se metia, voando abaixo das copas dos amieiros, no Rio Novo do Príncipe, a tocar com as rodas na água (eu era sempre o nº.4, a levar com o óleo do nº.3 no focinho...), só para pregar um valente cagaço às mulheres que estavam a lavar, com a água pelos joelhos, no açude (pesqueira) mais adiante...já alguém imaginou estar a lavar e, de repente, aparecem 4 malucos, às 8:30 da manhã, a rapar-lhes a cabeça? E as molhas que elas apanhavam ao cair à água gelada?...coitadas das nossas mãezinhas, foram tão insultadas...enfim, eu hoje NUNCA faria isso, claro!!!
Abraços deste "aeronauta malfeitor" que um dia se "curou" destas maldades... 
Se a minha memória não falha, os "abuadores" eram: Pinho, Hélio Moura, Malheiros e Lima (Ten. Acabado e Ten. Alves Pereira não entraram nas "figurinhas", mas o "Thef" esteve em contacto-rádio comigo durante as mesmas) 
Fomos até à cidade e depois foi uma "desgraça"...hihihihihihihihihi
Bons velhos tempos !!!

A BA7 deu-nos muita experiência; serviu-nos muito para, em 1964, andarmos a "guerrear" nas matas de Angola...mas, isso é outra história!!!

Abraços do Anibal Pinho
Piloto 60/70, na FAP; de 71 a 2000 na TAP(em 97 reintegrado na FAP)