sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

FIAT G91


Caça táctico ligeiro, simples e barato, mas também capaz de bons desempenhos, o FIAT G91 é um avião monomotor de reacção, subsónico, e asa baixa e trem retráctil. Este aparelho foi projectado como caça táctico-padrão para a NATO e cumpriu o seu primeiro voo a 9 de Agosto de 1956. Ao todo foram fabricadas 675 unidades entre 1956 e 1974, entre monopostos de ataque e biopostos de treino avançado, incluindo 45 do último tipo, apelidado G.91Y, com muitas melhorias técnicas. Este aparelho era capaz de operar em pistas curtas semipreparadas, como campos de relva ou pisos de terra batida. Perante a necessidade urgente de um avião capaz de executar as missões adquadas ao teatro de guerra nos conflitos ultramarinos, o FIAT G91, versão R/4, veio para Portugal em Dezembro de 1965, potenciando à Força Aérea Portuguesa o desempenho de missões de apoio táctico de ataque ao solo e missões de reconhecimento fotográfico. Refira-se que foi apenas no nosso país que esta aeronave serviu em palco de guerra. Também conhecido com Gina, entrou ao serviço, pela primeira vez, na Base Aérea 5,( B.A.5) Montereal, em 4 de Dezembro de 1965 e foi utilizado na Guiné, a partir de Abril de 1966; em Moçambique desde os finais de 1968, formando a Esquadra 502-Jaguares, situada no Aeródromo Base 5 (A.B. 5) em Nacala, e mais tarde em 1970, a Esquadra 702 conhecida por Escorpiões, na base de Tete. Com o fim da guerra, os Fiat dos Escorpiões seriam desmontados e enviados para Angola a bordo de dois B-707. Os aviões são colocados na B.A. 9 em Luanda na Esquadra 93-Mágnificos. Terminados os conflitos ultramarinos, na sequência de acordos entre Portugal e a Alemanha, viriam a ser entregues de forma progressiva mais G91,não só na versão R73 mas também, na versão T/3 Quanto ao seu percurso em território nacional, tiveram uma breve passagem nos anos de 1965 e 1966 pela Esquadra 51 Falcões, e apenas para treino de pilotos. Estiveram colocados na B.A. 3 em Tancos, na B.A.4 nas Lages-Açores ao serviço da Esquadra303 Tigres e na B.A. 6 no Montijo, constituindo a Esquadra301 Jaguares, onde viriam a ser retirados ao serviço a 27 de Junho de 1993. Assinalou-se o ultimo voo operacional a 15 de desse mesmo mês, na B.A.6.

De um total de 137 aviões apenas 40 da versão R/4, 34 dos 70 R/3 e 11 dos 27T/3 serviram na Força Aérea, visto que um dos T/3 caiu em Espanha durante a viagem de entrega, e os restantes foram utilizados para outros fins. Nunca a Força Aérea teve simultaneamente, em estado operacional, mais de 40 destes aparelhos.  

Créditos:Euro Impala/Força Aérea Portuguesa