sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O ESFORÇO NACIONAL NAS 3 FRENTES DA GC


Especialistas ingleses e norte-americanos estudaram comparativarnente o esforço das Nações envolvidas em vários conflitos em simultâneo, principalmente no que respeita à gestão desses mesmos conflitos , nos campos da logística geral , do pessoal , das economias que as suportam e dos resultados obtidos.
Assim, chegaram à conclusão que em todo o mundo só havia 2 países que mantiveram 3 teatros de operações em simultâneo; a própria Grão-Bretanha, com frentes na Malásia (a 9.300 Kms de 1948 a 1960), no Quénia (a 5.700 Kms, de 1952 a 1956) , e em Chipre (a 3.006 Kms de 1954 a 1959) e o, pequenino Portugal , com frentes na Guiné (a 3.400 Kms), Angola (a 7.300 Kms) e Moçambique (a 10.300 Kms) de 1961 a 1974 (13 anos seguidos).
Estes especialistas chegararn à conclusão que Portugal, dadas as premissas económicas, as dificuldades logisticas para abastecer as 3 frentes , bem como a sua distancia, a vastidão dos territórios em causa , e a enormidade das suas fronteiras, foi aquele que melhores resultados obteve.
Consideraram por último, que as performances obtidas por Portugal, se devem sobretudo à capacidade de adaptação e sofrimento dos seus recursos humanos , e à sobrecarga que foi possível exigir a um grupo reduzido de quadros dos 3 ramos das forças armadas, comissão atrás de cornissão, com intervalos exíguos de recuperação física e psicológica .
Isto são observadores internacionais a afirmá-lo.
Conheci em Lisboa oficiais americanos com duas comissões no Vietnam. Só que ambos com 3 meses em cada comissão , intervalados por períodos de descanso de outros 3meses no Hawaii.
Todos os que serviram a Pátria e principarmente as gerações de oficiais, sargentos e praçasdos 3 ramos das forças armadas, que serviram durante 13 anos na Guerra do Ultramar, nos 3 teatros de operações, só pelo facto de aguentarem este esforço sobrehumano, que se reflecte necessariámente em debilidades de saúde precoces, mazelas para toda a vida , invalidez total ou parcial, e morte, tudo ao serviço da Pátria, merecem o reconhecimento da Nação, que jamais lhes foi dado.
Em todo o Mundo civilizido, e não só, em Paises Ricos, cidadãos protagonistas dos grandes conffitos e catástrofes  com eles relacionados, vencedores ou vencidos, receberam e recebem por parte dos seus Governos, tratamentos diferenciados do comum dos cidadãos, sobretudo nos capitulos sociais da assistência na doença, na educação, na velhice, e na morte, como preito de homenagem da Nação àqueles que Iutaram pela Pátria, com exposição da própria vida.
Todos os que vestiram a farda da Grã-Bretanha, França, Rússia, Alemanha, Itália e Japão têm tratamento diferenciado. Idem para a PoIónia e Europa de Leste, bem como para os Brasileiros que constituiram o Corpo Expedicionário destacado na Europa.
Idem para os Malaios, Australianos, Filipinos, Neozelandeses e soldados grofissionais indianos.
Nos EUA a sua poderosíssma "Veterans Was" não depende de nenhum Secretário de Estado, nem do  Congresso, depende directamente do Presidente dos EUA, com quem despacha quinzenalmente. Esta prerrogativa referendada por toda uma Nação, permite que todos aqueles que deram a vida pela Pátria  repousem em cemitérios espalhados por todo o mundo duma grandiosidade, beleza e arranjo impares, ou todos aqueles que a servirarm, tenham assistência médica e medicamentosa para eles e família, condições especiais de acessso às Universidades , bolsas de estudo, e outros beneficios sociais durante toda a vida.
Esta excepção que o povo americano concedeu a este tipo de cidadãos são motivo de orgulho de todos os americanos.
O tratamento privilegiado que todo o Mundo concedeu aos cidadãos que serviramm a Pátria em combates onde a mesma esteve representada, é sufragado por leis normalmente votadas por unanimidade.
Também os civis que ficaram sujeitos a bombardeamentos, quer em lnglaterra , quer em Dresden, quer em Hiroshima e Nagasaki, tem tratamento difereraciado.
Conheço de perto o Irão. Até o Irão dá tratamento autónomo e especifico aos cidadãos que combateram na recente guerra Irão-Iraque (onde morreram mais de um  milhão de iranianos).
Até Paises da Africa terceiro mundista e subdesenvolvida, como o Quénia, atribriu aos ex-maus-maus, esquemas de proteção social diferentes dos outros cidadãos.
Em todo o Mundo, menos em Porugal !
No meu Pais, oa talhões dos combatentes dos vários cemitérios, estão abandonados, as centenas de cemitérios espalhados pela Guiné, Angola, Moçambique, India e Timor, abandonados estão, quando não, profanados. É simplesmente confrangedor ver o estadode degradação onde se chegou. Parece que a única coisa que está apresentável é o monumento do Bom Sucesso-Torre de Belém, possivelmente porque está à vista e porque é limpa uma vez por ano para a cerimónia publica que lá se realiza. Até grande parte dos monumentos municipais aos Mortos da Gueraa do Ultramar vão ficando abandonados.
No meu Pais, a pouco e pouco, foi-se retirando a dignidade devida aos que combateram pela Pátria abandonados  os seus mortos, e retirando as poucas "migalhas" que ainda tinham diferentes do comum dos cidadãos, a assistência médica e medicamentosa, para ele e conjuge, alinhando-os "devidamente" por baixo.
ATÉ NlSTO CONSEGUIMOS SER DIFERENTES DE TODOS OS OUTROS!
No meu Pais, os politicos confundem dum modo ignorante ou acintoso, militares com policias e funcionários públicos (sem desprimor para as profissões de policias e funcionários públicos, bem entendido).
Por ignorância ou leviandade, os politicos permanentemente esquecem que o estatuto das militares não lhes permite, nem o direito de manifestação. nem de associativismo sindical, além de ser o único que obriga o cidadão a dar vida pela Pátria.
Até na 1ª. República, onde grassava a indisciplina generalizada, a falta de autoridade, o parlamentarismo balofo, as permanentes dificuIdades financeiras e as constantes crises económicas, não foram esquecidos todos aqueles que foram mandados combater pela Patria na 2ª. Guerra Mundial (1914-1918), decisão politica muito dificil, mas patriótica, pois tinha a ver com a defesa estratégica das possessões ultramarinas.
Foram escassos 18 meses o tempo que durou a  Guerra para os portugueses, mas aqueles que foram mobilizados e honraram Portugal, tiveram medidas de apoio social suplementares diferentes de todos os outros cidadãos portugueses, além duma recepção impar por todo o Governo da Nação em ambiente de Grande Festividade Nacional.
Naquela altura os politicos portugueses dignificararam a sua função e daqueles que combateram pela Pátria.
Foram criados Talhões de Combatentes em vários cemitérios públicos, à custa e manutenção do Estado, foram construidos monumentos grandiosos em memória dos que deram a vida pela Pátria, foi concebido um Panteão Nacional para o Soldado Desconhecido na Sala do Capitulo do Mosteiro da Batalha com Guarda de Honra permanente, 24 sobre 24 horas, foram criadas pensões especiais para os mutilados, doentes e gaseados, foran criadas condições especiais de assistencia médica e medicamentosa para os militares e familias nos Hospitais Militares, numa altura em que ainda não havia assistência social generalizada como há hoje, foi criado um Lar especifico para acolher a terceira idade destes militares em Runa (é importante relembrar que em 1918 se decidiu receber e tratar os jovens, com 20 anos em 1918, quando estes tivessem mais de 65 anos de idade), e por último foi criada a Liga dss Combatentes que de certo modo corporizava todo este apoio especial aos combatentes , diferente de todos os outros cidadãos, e era o seu prta-voz junto das instâncias govemamentais (uma espécie de "Veteran's War " à portuguesa).
Foi toda uma Nação, com os politicos à frente, que deu tudo o que tinha àqueles que combateram pela Pátria, apesar da situação económica desesperada e de quase bancarrota.
Na altura seguimos normalmente o exemplo das demais nações.
Agora, somos os únicos, que não seguem os exemplos generalizados do tratamento diferenciado aos que serviram a Pátria em combate.
É SIMPLESMENTE UMA VERGONHA.
Haveria muito mais para dizer para chamr a atenção deste ministro da Defesa, Primeiro Ministro, ambos possivelmente com carencias de referências desta indole nos meios onde se costumam movimentar, sobretudo no que respeita á comparação de vencimentos, regalias e mordomias dos que expuseram ou deram a vida pela Pátria e aqueles, que antes pelo contrário, sempre fugiram a essa obrigação .

Vitor Santos
Coronel Refomado
4 comissões ao serviço no Ultramar
10 anos de Trópicos
Deficiente das FA por doença adquirida e agravada em campanha
Quase 70 anos de idade
Sem acumulação de cargos
Sem seguro de saúde pago pelo Estado ou EP
Sm direito a subsídio de reinserção
Sem cartão dr crédito dourado sem limite de despesas a expensas do Estado
Sem filhos empregados no Estado por conhecimentos pessoais
Sem direito a reformas precoces de político ou autarca
Sem reformas precoces e escandalosas estilo BdP ou GCD
Sem contratos que prevêm indemnizações chorudas
Sem direito a ficar com os carros de borla e que o Estado pagou em leasing
Sem fazer contratos de avenças chorudos como os que se fazem com gabinetes de advogados e economistas
Sem Pensão de Reforma acima do ordenado do PR
Com filhos desempregados

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