sexta-feira, 20 de setembro de 2013

COSMONAUTICA 3


JOHN GLENN ESTÁ ERRADO


Antes de tratar o assunto que constitui o tema central destas páginas de divulgação científica devemos fazer, a propósito algumas críticas às palavras que acabam de ser transcritas, do cosmonauta John Glenn.
Quando as lemos ficamos muito surpreendidos. John Glenn, ao contrário de tudo quanto a seu respeito pudéssemos pensar, revelava, neste seu pensamento, uma mentalidade já há muito ultrapassada -apesar de ser ainda muito comum à “mass média”- isto sem desprimor para este pioneiro do espaço, na qualidade de cosmonauta.

Fossem quais fossem as origens da matéria no espaço, logo que ela surgisse por mais desarrumada que se encontrasse e por muito caótica (ou anárquica) que fosse a sua movimentação, devido às condições intrínsecas do próprio espaço e das determinadas mecânicas a que se encontrava sujeita essa matéria em estado caótico, o acaso explica perfeitamente que acabasse o seu conjunto por aparentar-isto é, tomar a aparência- a harmonia que actualmente apresenta. Tudo foi uma questão de tempo.
A organização do cosmos, ou seja a transformação do Caos (Universo desorganizado) em Cosmos (Universo organizado) foi uma consequência fatal do acaso -não era de, de forma alguma necessário um plano. Como?.
Consideremos por hipótese, o Universo em estado caótico. Um Universo onde a matéria se encontra num estado perfeitamente errático relativamente ao espaço.
Porções de matéria colidem entre si num Universo nesse estado. Dessas colisões constantes resultarão novos fragmentos de matéria ou aglomeração de fragmentos de matéria, tudo depende das condições em que se davam essas colisões.

Não nos esqueçamos que neste Caos, em que existia um número imenso de fragmentos de matéria em transformação, haveria, casualmente, aqui e ali, fragmentos de matéria que se aproximavam entre si com velocidade e sentido de movimento, que os obrigava , por imperativo dos princípios de mecânica e gravitação, inerentes desde sempre à matéria, a ficarem circulando, em relação ao outro, segundo orbitas permanentes.

Assim, pouco a pouco por força da selecção casual, foram-se arrumando segundo sistemas planetários aqueles diversos- e inúmeros -fragmentos de matéria que iam "sobrevivendo “ao número imenso de colisões durante a fase caótica em que se encontrou o Universo na generalidade.
Este processo de evolução do Caos para o Cosmos era fatal e se quisermos ponderar cuidadosamente no assunto, creio que o poderemos compreender.
Teremos no entanto de ter presente, ao ponderar neste fenómeno de evolução cósmica, que o Homem como a Vida, só surgiu na Terra muito recentemente-praticamente nos nossos dias.

O fenómeno da transformação fatal do Caos em Cosmos processou-se, evidentemente, durante um período de tempo imensamente longo - "quase infinito."

Continua...

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