Em certo dia de Outubro de 1971, na Enfermaria da Base, partilhava numa roda de companheiros, algumas opiniões pessoais sobre a guerra numa conversa descontraída entre camaradas como muitas vezes acontecia.
Vivia-se um clima de desconforto perante um conflito que já durava há muito tempo e que continuava sem resolução à vista, e eu opinava que aquela situação era insustentável e algo teria de ser feito para pôr fim àquela guerra. Esta opinião não era apenas minha, havia muita boa gente com o mesmo sentir.
Andava por perto um alferes zeloso amigo do regime, que ouviu a conversa, não gostou e fez uma participação. Seguiu-se o castigo em ordem de serviço, que determinava o meu encarceramento na prisão do AB4.
Com.Wilton Pereira |
Enfermaria |
1º.plano cabo PA Grama, em fundo a Casa da Guarda |
Passei então esses dez dias numa cela da prisão, mas com certa liberdade: de vez em quando circulava pela base, sem dar muito nas vistas, e o sargento Carvalho, responsável pela prisão, deixava-me a porta do cárcere aberta por fora e dizia-me que a fechasse por dentro quando não quisesse ser incomodado.
E desta forma fui um dos presidiários do AB4.
Por:
Prisao é Prisao!!d acordo mas prisao de porta Abertaé um previlegio a prisao deste camarada foi so pur falar!! verdade que nesses tenpos era melhor ser surdo e mudo mas as coisas evoluiram hoje os malfratos robam esfaqueiam mesmo matam e nen sequer le abrem as portas da prisao!!entao as coisas evoluiram!!para pior!!depende dos pontos de vista
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