sexta-feira, 4 de novembro de 2016

RECORDANDO O CUITO

Lá ao fundo, o rio Cuito - foto de Gonçalo de Carvalho

Estive no Cuito Cuanavale em Maio, Junho e, Julho de 1973.  Recordo, que foi a região do leste de Angola que mais me "tocou". Parecia-me, com o rio Cuito ao pé, que regressava à infância no Rio Ave, tal eu via algumas coisas semelhantes. 
Outro pescador, o Antonio Neves
Recordo, neste período, que fui um dia pescar junto à curva do rio Cuito, aí a uns 25 metros, havia uma praia natural repleta de habitantes locais. A cana de pesca era emprestada pelos "Primos". A primeira vez que lancei a linha ao rio senti um enorme puxão, que me levou quase tudo. 
Recordo, pensar se não teria sido algum jacaré? É verdade!
Depois repeti e, pesquei alguns peixes com cerca de 2 Kg cada. 
Entreguei alguns a quem estava por ali, mas 4 deles trouxe para o destacamento onde os cortei às postinhas e, com sal fritei. Foi a delícia dos meus companheiros habituados que estava-mos a carne de caça. 
Recordo, que estava comigo o Tomás MMA, entre outros..
A caminho do rio - foto de Afonso Palma

Recordo, também, que certo dia andava toda a gente à minha procura, estava ausente há várias horas, tinha ido ao rádio farol fazer uma reparação e, levei com uma descarga de 1920 volts! (recordo a voltagem por causa da aguardente velha 1920), que me projectou contra à parede do rádio farol e, ali fiquei algumas horas inconsciente, entrou-me pela mão esquerda e saiu pelo braço direito.De resto, foi do Cuito do Cuanavale a região que mais gostei.Finalmente, foi nesta altura, Maio de 73, que por ali passou parte da CCAÇ.3441, com quem  antes estive em N’Riquinha, em trânsito para os arredores de Luanda–Mabubas (sei hoje).


Um abraço meus Amigos.





2 comentários:

  1. Poiisssssssssssssss! Só que a poluição aqui não era igual à do Rio que Voa que também passava na terra onde nasci (Santo Tirso).
    Aqui era mais escamosa e voava baixinho. Abraço do Jacaré do Rio que Voa

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  2. Crónica muito oportuna para o Aniversariante de ontem!...Remetem-nos para os tais "Olhares, Vivências, Recordações e Saudade"!
    Vítor Oliveira

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