quinta-feira, 7 de março de 2013

OS VOOS DE EXPERIÊNCIA

Cordeiro, dando saída a mais um voo de experiência
Esta era também a ocasião de dar a oportunidade à rapaziada de dar uma volta nas nossas maquinetas. Não consigo recordar-me quem estava comigo neste voo.
Entretanto, lembro-me, que um dia precisamente num voo de experiência à vertical de Gago Coutinho, começo a notar uma névoa e um cheiro estranho dentro do habitáculo. Tudo apontava para um qualquer foco de incêndio. 
Alertei o controle e fiz-me à pista. Pela interfonia, dei instruções ao jovem que estava comigo, recomendando-lhe, que seguisse rigorosamente as minhas instruções, que não havia qualquer problema. Quando estava com todas as certezas de chegar à pista fiz os procedimentos normais, desliguei o motor, mantendo-o sempre informado de tudo para não entrar em pânico. Na altura do toque desliguei os últimos contactos, e mal o avião se imobilizou dei indicações para ele sair. 
Como não obtive resposta e vejo ao lado o Tomaz, que entretanto tinha chegado de motorizada com um extintor (grandes meios de socorro!!!), a rir-se como um perdido é que percebi. O meu passageiro, tinha-se atirado para o chão ainda antes do avião parar. Não levou com o estabilizador de profundidade, porque felizmente mandou um grande tombo!
Quanto ao incêndio não passou de um falso alarme.
Talvez nunca tenha sucedido a ninguém, mas tratou-se de uma fuga hidráulica! É verdade, andamos às voltas e descobrimos que um furo do tamanho de um bico de um alfinete, era suficiente para pulverizar o óleo como fumo, dando-lhe o aspecto de uma neblina. Confundi o cheiro do óleo pulverizado com o de qualquer hipotética combustão.
Nabice ou inexperiência? Não sei !
Se estivesse longe de qualquer pista, seguramente que o meu comportamento teria sido diferente. Ali, com todos os recursos ao meu alcance, não valia a pena estar a tomar outras atitudes.