Cordeiro, dando saída a mais um voo de experiência |
Esta
era também a ocasião de dar a oportunidade à rapaziada de dar uma volta nas
nossas maquinetas. Não consigo recordar-me quem estava comigo neste voo.
Entretanto, lembro-me, que um dia
precisamente num voo de experiência à vertical de Gago Coutinho, começo a
notar uma névoa e um cheiro estranho dentro do habitáculo. Tudo apontava para
um qualquer foco de incêndio.
Alertei o controle e fiz-me à pista. Pela
interfonia, dei instruções ao jovem que estava comigo, recomendando-lhe, que
seguisse rigorosamente as minhas instruções, que não havia qualquer problema.
Quando estava com todas as certezas de chegar à pista fiz os procedimentos
normais, desliguei o motor, mantendo-o sempre informado de tudo para não entrar
em pânico. Na altura do toque desliguei os últimos contactos, e mal o avião se
imobilizou dei indicações para ele sair.
Como não obtive resposta e vejo ao
lado o Tomaz, que entretanto tinha chegado de motorizada com um extintor (grandes
meios de socorro!!!), a rir-se como um perdido é que percebi. O meu passageiro,
tinha-se atirado para o chão ainda antes do avião parar. Não levou com o
estabilizador de profundidade, porque felizmente mandou um grande tombo!
Quanto ao incêndio não passou de um
falso alarme.
Talvez nunca tenha sucedido a
ninguém, mas tratou-se de uma fuga hidráulica! É verdade, andamos às voltas e
descobrimos que um furo do tamanho de um bico de um alfinete, era suficiente
para pulverizar o óleo como fumo, dando-lhe o aspecto de uma neblina. Confundi
o cheiro do óleo pulverizado com o de qualquer hipotética combustão.
Nabice ou inexperiência? Não sei !