Gago Coutinho, 1973 - foto de JFMA |
Em Gago Coutinho, em 73 ou 74, eu e outro
especialista fomos elogiados e compensados com um jantar na presença do
comandante do exército, por termos doado sangue directamente a um civil negro, a
quem toda a companhia de madeirenses (ou açorianos, não me lembro) se recusou
a dar sangue.
Lembro-me, que o civil tinha perdido muito sangue por ter levado
uma grande facada nas costas e se encontrar sem assistência há muito tempo. Já estava deitado no helicóptero para evacuação, quando nos colocamos ao lado,
deitados, para fazerem a transfusão directa.
Antes, o Comandante tinha reunido
a companhia e pedido a colaboração para salvar o negro, mas ninguém atendeu.
Postura mais humana tivemos nós, que nos valeu um bom jantar com o comandante, a
provocar inveja ao pessoal do exército (seria essa a intenção do comandante?).
Bom bife e melhor reconhecimento.
Uma célebre vez fomos de héli a Lucusse.
O
Administrador recebeu-nos com toda a pompa e circunstância.
Depois dos cumprimentos, levou-nos para a sua residência e, aí, presenteou-nos com um javali pequeno (tipo leitão) rodeado de frutas fatiadas e algumas entraditas. A chegarmos de uma viagem que nos obrigou a madrugar, o apetite era mais que muito. Então, em conversa amigável, lá nos saciamos. O senão foi que para beber só havia whisky do velhinho.
Presumo, que a intenção era por-nos " finos'' para, depois, pedir para trazermos dois passageiros e bastante carga que incluía uma botija de gás grande. Isto, a tripulação, eu, o MMA e o piloto, só com um grande favor do piloto.
Resultado, à tardinha, lá levantamos e regressamos com o héli (a partir fatias) tal era a carga que o piloto simpaticamente admitiu.
Graaaannde viajem , sempre a rapar, e grande pitéu.
À noite só me apeteceu uma boa fumaça. É verdade!
Depois dos cumprimentos, levou-nos para a sua residência e, aí, presenteou-nos com um javali pequeno (tipo leitão) rodeado de frutas fatiadas e algumas entraditas. A chegarmos de uma viagem que nos obrigou a madrugar, o apetite era mais que muito. Então, em conversa amigável, lá nos saciamos. O senão foi que para beber só havia whisky do velhinho.
Presumo, que a intenção era por-nos " finos'' para, depois, pedir para trazermos dois passageiros e bastante carga que incluía uma botija de gás grande. Isto, a tripulação, eu, o MMA e o piloto, só com um grande favor do piloto.
Resultado, à tardinha, lá levantamos e regressamos com o héli (a partir fatias) tal era a carga que o piloto simpaticamente admitiu.
Graaaannde viajem , sempre a rapar, e grande pitéu.
À noite só me apeteceu uma boa fumaça. É verdade!
Como disse o helicóptero foi sempre a rapar e
a ''partir fatias'', penso que o piloto era o Holstein, que era exímio no controle da
máquina, nomeadamente na caça aos patos. Eheh!
A Honda 360 CB - linda, de cor verde garrafa, recém chegada ao Luso, onde estava em exposição numa montra, que visitei
durante uns tempos , sempre que vinha da base, ao final da tarde. Com este
ritual, namorei-a até vir de férias. Fazia contas e considerava possível esse
sonho da época - 30 contos pedinchados em casa que cambiados, em Luanda, se
traduziriam em 60 contos (angolares), que era aproximadamente o custo da dita.
Lá vim de férias ao Continente e, no regresso, encontro dois amigos no avião
da TAP, com destino a Luanda. Um era meu conterrâneo e amigo de longa data, o
outro era um cabo especialista de Bragança. Grande animação na viajem de
regresso repleta de simpatias com as hospedeiras.
Chegados a Luanda, instala-mo-nos no hotel Mundial. Daí saíamos para almoçar e jantar no centro, Versalhes,
Amazonas e outros restaurantes. De tarde percorríamos várias casas (o sete, o
catorze, o vinte um, etc.) pois sabíamos que entraríamos em "regime" quando chegássemos ao Luso. À noite era um corridinho a bares e boates.
Foi esse o ritmo diário até os bolsos ficarem leves. Então, regressados ao
Luso, visitei uma única vez a montra com a linda Honda 360 verdinha, e disse-
lhe adeus a muito custo, pois o devaneio em Luanda tinha-a ''consumido'' .
Mas, em compensação fiquei com as pilhas carregadas, ou descarregadas, para o
resto da comissão.
Em suma: ''não se pode ter tudo'', contudo não me arrependi.
Em suma: ''não se pode ter tudo'', contudo não me arrependi.
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