quinta-feira, 26 de março de 2020

OS MEUS VOOS NO T6 DA FAP.


Havia por lá uns aviões da II Guerra que graças aos bons mecânicos, até voavam...entre eles os T6, levavam-se 2 pára-quedas, se houvesse avaria era só abrir a carlinga subir para cima do banco e saltar. Se o primeiro pára- quedas não abrisse era tentar o outro, que por acaso servia também de almofada...só que se voava a 100 metros de altura...não dava sequer para abrir a carlinga.
Élia Monteiro, em Janeiro de 2019

Não estou de modo algum a dizer mal do avião, foi um prazer voar nele e disse tão bem dele que um dia a minha filha foi visitá-lo lá do lado de fora da fortaleza de S. Miguel em Luanda, refiro-me ao 1685 que se vê na foto ao lado do que eu voava. Mas também voei nele, no Cazombo tive algumas oportunidades.

Depois de 4 horas de voo num REVIS no saliente do Cazombo, estávamos a chegar ao AM 43, as luzes do combustível já piscavam. Mas é preciso estar sempre atento e ter a máquina fotográfica preparada...uma bela foto do saudoso T6 a voar em direcção ao sol.

Brincar aos aviões...desde o tempo em que fazia aviões de papel, que voavam assim assim, até ter oportunidade de voar num avião a sério e fazer umas acrobacias...ou melhor, ser cobaia de algumas acrobacias...nunca paguei uma grade de cerveja, multa clássica por vomitar num avião da Força Aérea.

Hora de acabar com a brincadeira, punha-se o sol no horizonte, hora de retornar à base, ou melhor ao aeródromo AM43, o outro parecia querer fugir, mas acabámos por aterrar juntos.

Repetindo.
Uma foto muito especial que dedico à 
Élia Monteiro
Como vês o 1685 que visitaste junto à fortaleza de S. Miguel em Luanda, no meu tempo voava. Ei-lo aqui ao prepararmo-nos para aterrar no Cazombo em 1972, bem juntinhos, com as asas quase a tocar um no outro. Adorei voar nestes aviões e adoro esta foto ao pôr do sol.








Armando Monteiro.
Alf.Mil.Transmissões BCaç 3831

1 comentário: