Em 1952 Portugal recebeu um Sikorsky UH-19A, através do MAD, o 51-7139. Foi matriculado com o número de cauda 9101 e foi colocado na Esquadra de Busca e Salvamento na Base Aérea nº 4, nas Lajes (na Ilha Terceira, nos Açores).
Foi-lhe atribuído as missões de transporte de doentes entre ilhas e a recolha de náufragos perto da costa.
Foi-lhe atribuído as missões de transporte de doentes entre ilhas e a recolha de náufragos perto da costa.
Após a chegada aos Açores, o 9101 foi montado e sofreu um acidente… ficou inoperativo, ainda antes do seu primeiro voo! Foi enviado para as OGMA a fim de ser reparado. Regressou à BA4 em Março de 1955, a bordo do porta-aviões USS "Tripoli que se dirigia para Mobile, nos Estados Unidos, após ter embarcado vinte e quatro caças F-86 Sabre, em Belfast, na Irlanda do Norte.
O capitão Peixoto Rodrigues, piloto e o sargento Amorim, mecânico acompanharam o 9101 nesta viagem a bordo do USS Tripoli e iriam descolar a partir dele quando estivessem próximo da Ilha Terceira, aterrando na Base das Lajes. Subitamente o marinheiro americano Robert Lee Gump adoeceu com apendicite. O capitão Peixoto Rodrigues ofereceu voluntariamente os seus préstimos ao comandante do navio, o capt. James A. Thomas, para fazer a evacuação do marinheiro doente para terra. Assim, na manhã do dia seguinte, a 10 de Março de 1955, o 9101 descolou do convés do USS Tripoli para aquele que seria o seu voo de regresso às Lajes e, simultaneamente, o seu voo de estreia como aeronave de evacuações médicas.
O capitão Peixoto Rodrigues, piloto e o sargento Amorim, mecânico acompanharam o 9101 nesta viagem a bordo do USS Tripoli e iriam descolar a partir dele quando estivessem próximo da Ilha Terceira, aterrando na Base das Lajes. Subitamente o marinheiro americano Robert Lee Gump adoeceu com apendicite. O capitão Peixoto Rodrigues ofereceu voluntariamente os seus préstimos ao comandante do navio, o capt. James A. Thomas, para fazer a evacuação do marinheiro doente para terra. Assim, na manhã do dia seguinte, a 10 de Março de 1955, o 9101 descolou do convés do USS Tripoli para aquele que seria o seu voo de regresso às Lajes e, simultaneamente, o seu voo de estreia como aeronave de evacuações médicas.
No início de 1959, foi transferido para a Base Aérea nº 6 no Montijo, onde o UH-19A passou a ter a missão de helicóptero de transporte.
A 4 de Outubro de 1959 participou no dia da inauguração da Base Aérea Nº 5 em Monte Real, onde sofreu um acidente. Depois deste acidente e após ter sido recuperado, esteve presente, entre outras, nas comemorações do 5º. centenário do Infante D. Henrique, realizadas no promontório de Sagres, em Agosto de 1960. Foi definitivamente abatido ao efectivo da Força Aérea, em 1962.
Descansa agora no Museu do Ar em Pero Pinheiro-Sintra.
A 4 de Outubro de 1959 participou no dia da inauguração da Base Aérea Nº 5 em Monte Real, onde sofreu um acidente. Depois deste acidente e após ter sido recuperado, esteve presente, entre outras, nas comemorações do 5º. centenário do Infante D. Henrique, realizadas no promontório de Sagres, em Agosto de 1960. Foi definitivamente abatido ao efectivo da Força Aérea, em 1962.
Descansa agora no Museu do Ar em Pero Pinheiro-Sintra.
Foi verdadeiramente este o primeiro helicóptero de uso exclusivamente militar em todo o Mundo.
http://c026204.cdn.sapo.io/1/c026204/cld-file/1426522730/6d77c9965e17b15/c5c8a44c29044a8182edbe0e803c92e4/aerodino/2016/sikorsky1.html
ResponderEliminarBoa tarde,
ResponderEliminarUma pequena nota. Infelizmente não é este o aparelho que repousa no Museu do Ar. O helicóptero da FAO foi desmantelado e somente uma pequena parte é que se encontra no museu. O heli que se encontra no Museu veio da Força Aérea Italiana. Cumprimentos
Creio que sempre que se posta por aqui algo deveria ser de forma correta e certa .
ResponderEliminarCaro Amilcar Lobato.
EliminarÉ essa a nossa preocupação. Mas, quando se afirma que há incorrecções e incertezas, o lógico era demonstrá-las.
Aguardamos que se preste a tal.
Cumprimentos.
A.Neves
Meus Caros,
ResponderEliminarAjudando a esclarecer a minha nota anterior, confirmo na íntegra o que então referi, o que pode ser aferido pela consulta da Revista Mais Alto nº 348 páginas 36:42, onde a partir de um excelente artigo do Cte. J. Munkelt Gonçalves é referido que o UH-19A 9101 da FA não foi reparado após o acidente ocorrido em 4 de outubro de 1959. O 9101 foi abatido ao efetivo da FAP em 1962 e desmantelado, aproveitando-se somente para o Museu do Ar a engrenagem do rotor principal e a cauda para exposição. Igualmente na obra Aeronaves Militares Portuguesas do Século XX de Adelino Cardoso, a páginas 479:480 é prestada a mesma informação, complementada com a origem italiana do helicóptero em exposição em Sintra
Consultados os registos norte americanos verifica-se que UH-19D-SI,com o registo 57-5979, foi entregue à Força Aérea Italiana em outubro de 1958. Após ter prestado serviço naquela força aérea, foi mais tarde, finais dos anos 60, abandonado no porto de Roterdão, provavelmente teria como destino o Biafra, tendo sido recuperado pelo Museu Real de Bruxelas. Em meados dos anos 80 foi trocado por um JU 52 do nosso Museu do Ar repousando agora com as roupagens do nosso 9101.
Esperando ter ajudado, envio os meus cumprimentos.
Caro Mcalberto, gratos pela sua participação e pelos elementos aduzidos.
EliminarNo entanto, sobre o ter sido, ou não, reparado após o acidente de Monte Real, Aniceto de Carvalho, dos primeiros tècnicos a trabalhar com helicópteros, refere no seu Blog http://aerodino.blogs.sapo.pt/:
"Façanha nunca vista anterior ao Século XXI que, com este helicóptero da imagem - um Sikorsky, UH-19 - já eu fazia em 4 de Outubro de 1959.
Clic para confirmar: - Sikorsky UH-19
Achegas para clarificar: Ao contrário do que poderá transparecer de várias leituras, este helicóptero não foi abatido após o acidente de 4 de Outubro de 1959 na inauguração da Base Aérea 5 - Monte Real.
Depois de reparado nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico, Alverca, este helicóptero esteve em Sagres no 5º. Centenãrio da Morte do Infante D. Henrique no dia 6 de Agosto de 1960; e no dia 19 do mês seguinte, a levar-me um jogo de pás para eu substituir no rotor de cauda do Aloutte II, do qual eu era mecânico, que não me estavam a dar confiança.
Aniceto Carvalho"
Boa noite, A vantagem destas "discussões" é a clarificação que vai havendo sobre alguns temas, que se encontram plasmados em livros e revistas. O testemunho direto é importante e permite corrigir a informação de que o 9101 não teria sido reparado após o acidente de outubro de 59. Não obstante tudo o resto se encontra correto nomeadamente o abate em meados de 62 e o facto de não ser este, infelizmente, o UH-19 que está no Museu do Ar. Cumprimentos
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