No meio da grande azáfama inerente a uma grande operação a nível de Batalhão,
apoiada por Helicópteros, surge a notícia veiculada por um dos pilotos “primos”
que teria sido avistada uma mala no cimo de uma árvore no meio da mata..
Perante este relato, as mais diversas conjunturas se
fizeram, nomeadamente já se vislumbrava uma mala cheia de armas.
Constituiu-se uma equipa de “voluntários” e lá fomos de
helicóptero à procura da mala e, a cerca de 10 minutos de voo, lá estava ela
com todo o seu mistério. A equipa de 4 elementos saltou do heli numa
“anhara”(*) próxima, mas, por razões de segurança, o heli zarpou de novo para
os ares, e quando pensávamos que ficaria por ali a pairar, foi-se afastando até
deixar de se ouvir…????.... !!!!!
Na mata ficaram 4 “gatos pingados” armados de G3 e granadas
que foram à procura da famosa árvore da mala.
A expectativa era grande e o silêncio, após a partida do
heli, tornava o ambiente pesado, afinal estavam ali apenas 4 militares
entregues a si mesmos.
Seria no entanto, pensávamos nós, o chamado risco controlado
dado ter-se tratado de uma “operação” decidida em surpresa e seria um grande
azar estarmos “na boca do lobo”.
Como quem lá esteve sabe, pouco tempo depois, o risco estava
esquecido e fomos caminhando na mata até à famosa árvore com a mala no topo,
decididos a averiguar o seu conteúdo.
Ali chegados, alguém trepou e,….espantosamente, a mala
estava vazia!!!!
Em silêncio voltámos para junto da “anhara” (*) esperançados em que não se tivessem esquecido de nós. Foi uma espera tensa de mais de 45 minutos até que ao longe se voltou a ouvir o silvo tradicional do Alouette.
Soubemos depois, que foi ao quartel do Muié abastecer de combustível que já escasseava. Na mata apenas tínhamos o rádio “banana” com a frequência da Força Aérea, mas cujo alcance reduzido, (era um terra/ar), fez com que estivéssemos numa espera tensa sem sabermos quando terminaria, por falta de notícias.
Regressámos sem mala, mas com a missão cumprida !!!!...........
Em silêncio voltámos para junto da “anhara” (*) esperançados em que não se tivessem esquecido de nós. Foi uma espera tensa de mais de 45 minutos até que ao longe se voltou a ouvir o silvo tradicional do Alouette.
Soubemos depois, que foi ao quartel do Muié abastecer de combustível que já escasseava. Na mata apenas tínhamos o rádio “banana” com a frequência da Força Aérea, mas cujo alcance reduzido, (era um terra/ar), fez com que estivéssemos numa espera tensa sem sabermos quando terminaria, por falta de notícias.
Regressámos sem mala, mas com a missão cumprida !!!!...........
(*) anhara – área (maior ou menor) da mata, sem vegetação
nem água, chana.
Por:
Então com 10 minutos de voo já teve que ir abastecer ? Há qualquer coisa de mal contado ...
ResponderEliminarDúvidas destas para quê ???
EliminarQuem disse ao meu amigo que o heli estava atestado ???
Ou teria que sair sempre com o deposito cheio ???
O amigo Neves é que saberá responder. Se não foi atestar porque não ficou ali a pairar ?? Eu que até fui um dos 4 participantes, pergunto : Quem mais que o piloto nestas circunstânias saberá o que fazer. Ali o "dramático" era o facto de não termos levado qualquer meio de comunicações com o quartel do MUIÈ. CORREU TUDO BEM, APESAR DE TERMOS ENCONTRADO A MALA VAZIA. Abraço a todos 52 anos depois.!!!