A ILUSÃO DA HARMONIA CÓSMICA
Regressemos
ao princípio, para aquilo que chamarei harmonia e ilusão cósmica.
Se não
existissem no espaço exterior infinitas extensões de resíduos aquando da fase caótica
do Universo (aerólitos, meteoritos, poeiras cósmicas, etc.) que constantemente
foram chocando com os astros e os sobrecarregaram pouco a pouco. Quando colidem
com a atmosfera terrestre tornam-se incandescentes, por causa do atrito, e são
chamadas de “estrelas candentes”.
Se os astros,
especialmente as estrelas, não estivessem permanentemente em estado de
actividade, tanto química como física, interna, o que lhes modifica a massa e
provoca a rotura do seu equilíbrio dando lugar ao fenómeno, por exemplo de uma “NOVA”
que é a explosão de uma estrela, isto é um novo sol...
SE complexos fenómenos termodinâmicos não estivessem sempre alterando o estado energético global do Universo, provocando a degradação da energia, segundo um processo designado em Física por entropia.
SE complexos fenómenos termodinâmicos não estivessem sempre alterando o estado energético global do Universo, provocando a degradação da energia, segundo um processo designado em Física por entropia.
Para medir o grau de desordem de um sistema, foi definida a grandeza termodinâmica.
Unidade de grandeza termodinâmica(J/K-joules por kelvin) usada para medir a parcela de energia que não pode mais ser transformada em trabalho à dada temperatura e pressão. O melhor exemplo é o do gelo que derrete e passa de sólido a liquido num copo.
Para melhor se entender, analisemos estes recipientes
Recipiente 1: mais organizado, menor entropia; Recipiente 2: menos organizado, maior entropia
Se....se....se.. etc..
Se não fossem todos estes “SES”, o Universo encontrava-se num estado perfeito de equilíbrio e seria ETERNO.
Porém, nesta situação, a Vida não seria possível.Num Universo perfeitamente equilibrado não haveria produção de energia, e sem energia não é possível a Vida.Por paradoxal que pareça, temos de chegar à conclusão de que a Vida só é viável num Universo que morre lentamente.
A Vida e a Eternidade são, obviamente, factos completamente antagónicos.
Contudo, aparentemente, tivemos o cuidado de dar ênfase à aparente harmonia que apresenta o Cosmos em que existimos, reina a maior ordem entre os astros, no espaço cósmico.
A Terra por exemplo, vai sofrendo a sobrecarga de aerólitos, meteoritos, poeiras cósmicas que vai recolhendo durante o seu imenso percurso sideral.Pouco a pouco os astrónomos foram-se apercebendo de discrepâncias reveladoras nos movimentos dos astros que observavam.
As marés exercem um efeito de travagem no movimento de rotação do nosso planeta.
Por estas e muitas outras razões,muito "lentamente" a órbita da Terra, em relação ao Sol,vai-se modificando.
Podemos pois, ver o Universo em duas perspectivas:
CAOS E HARMONIA.
Outra, a de que o Tempo é relativo à escala do "Observador", modificando aparentemente o estado do Universo em que existimos.Uma das perspectivas é da imensidão do tempo passado até surgir a vida e o arranjo, relativo,que fatalmente se deu por obra do acaso e das forças "cegas" em presença.
Se tivéssemos a possibilidade entabular um dialogo com um "Observador"de dimensões colossais, com muitos milhões de milhões de anos, com uma percepção temporal muito diferente da nossa,e lhe disséssemos da perfeita harmonia do universo, ele chamar-nos-ia loucos e diria que era perfeitamente o contrário, pois o Universo é um autentico Caos, com todos os astros a precipitarem-se uns sobre outros,num autentico turbilhão de destruição.
Mas se pelo contrário, se conseguíssemos falar com um indivíduo que vivesse num átomo, e como tal nessa escala, durasse uma fracção de segundo, ele afirmaria que os astros, depois de observados atentamente por poderosos telescópios,que poderia dispor, que o Cosmos é estático, invariável e como tal, ETERNO.
É pois através de duas perspectivas que poderemos compreender melhor o significado, em última análise, a harmonia do Universo, que tanto surpreendeu John Glenn, assim como um número imenso de pessoas ao longo de várias gerações.
O Tempo foi para nós a varinha de condão que ilusoriamente transformou o Caos em Cosmos.
E a Vida só foi possível numa escala tal, temporal e espacial, que conferisse ao Universo uma harmonia relativa, suficiente à sua viabilidade.
Por: Aníbal de Oliveira
Tema actual e coincidente com a dita "harmonia cósmica". Isto, porque foram descobertos novos planetas num outro sistema solar!... Temas interessantes e enigmáticos. Colidem com alguns propósitos da Filosofia. O Começo e o Fim e, donde venho e para onde irei!...
ResponderEliminarObrigado Vitor
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