quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

OBJECTOS VOADORES NÃO IDENTIFICADOS NO AB4 (OVNIS)

Cine Luena no Luso
Estava de serviço à cifra, não havia nada que fazer, combinei com o operador de serviço ao posto de rádio para que me dobrasse se entretanto viesse serviço que não pudesse esperar, e fui com o pessoal de alerta ao cinema, ver um clássico de Índios e Cowboys.
Enquanto todo o cinema exuberava com a morte dos Índios, nós berrávamos a plenos pulmões com a morte dos Cowboys, estávamos todos entretidos, eis senão quando, o som do filme foi cortado e uma voz roufenha anunciou que: o pessoal de serviço da Força Aérea presente, deveria apresentar-se imediatamente na entrada do cinema.
Toda a gente que pertencia à FAP, veio saber o que se passava para estarem a chamar o pessoal de serviço àquela hora da noite. Entrámos na carrinha onde já estavam outros militares fardados, o que não era bom prenúncio, e depois de apanharmos mais uns quantos de todas as especialidades, zarpámos para o Aeródromo. Aí chegados, tínhamos um sisudo comité de recepcção à nossa espera. Fui direito ao posto de rádio verificar o que se passava e fui informado que à vertical de Henrique de Carvalho, tinham sido avistadas umas luzes coloridas estranhas, que se moviam de forma aleatória e a altura variadas, sem que fosse possível qualquer contacto via rádio, e que, afirmava o controlador de serviço, só poderiam ser OVNIS, (objectos voadores não identificados). Feito o briefing pelo adjunto do Comando, foi lido o conteúdo da mensagem que tinha originado a nossa convocatória, em que Luanda ordenava que um PV-2, armado descolasse para interceptar o que era avistado à vertical de Carvalho, uma vez que os F-84G, não tinham autonomia para descolarem de Luanda, virem à vertical de Carvalho e regressarem a Luanda, por não haverem condições para aterrarem à noite em Carvalho.
Assim... às 23H15 sem radar, sem outro sistema de apoio de voo que não fossem as estrelas, sem outra pista aberta de recurso por perto ou na rota, sem outro meio bélico de 
PV2
intercepção que não fossem as metralhadoras de nariz de um avião com mais de trinta anos de existência, sem ser pressurizado, e que tinha um tecto de operação em novo, abaixo do indicado para a altura máxima a que foram avistadas as estranhas luzes... discutida a inevitabilidade da missão, foi formada uma tripulação de voluntários, armado um avião e perante os protestos dos presentes pela inadequação do meio aéreo para a missão, lá partiram dois pilotos, um mecânico MMA, outro MAEQ, um Navegador, e um OPC, rumo ao desconhecido.
Depois de descolar, recolhi ao posto de rádio para ouvir os reportes, o Vieira, OPCART, falava com o outro controlador de Carvalho, que aparentemente tinha sido instruído por Luanda, para limitar as informações ao facto pela frequência. Entretanto a notícia espalhara-se pela rede, e várias estações não identificadas mandavam “bocas” foleiras ou denunciavam avistamentos múltiplos de luzes, para piorar a situação, já apareciam uns malucos a falarem em línguas assaz estranhas, e a darem os mais absurdas ordens, num caos indescritível, resumindo, o PV-2 chegou à vertical de Carvalho, não viram nada, e acabaram por aterrar sem qualquer contacto credível.
No dia seguinte, veio uma mensagem do Comando da 2ª. Região Aérea, instruindo as chefias de Carvalho e do Scarleste, para que todos os registos fossem apagados e o pessoal de serviço na véspera fosse instruído para não comentar, relatar, ou manter qualquer prova da existência do mesmo, passando o voo efectuado a ser considerado um voo de excepcional de treino nocturno.
Embora sendo o mais conhecido, outros avistamentos estão referenciados, sendo o de Gago Coutinho, a 20 de Março de 1969 o mais trágico, pelo acidente ocorrido com a morte de três militares da FAP, dois pilotos, Alf. Baeta e Ten. Ascensão e o MMA Tavares, no despenhamento de um héli, quando tentavam interceptar umas luzes avistadas também à noite no destacamento.

Por:
OPC ACO

2 comentários:

  1. Decorria o ano de 1969, ano em que a Apollo 11 chegou à Lua e os norte-americanos Neil Armstrong e Buzz Aldrin lá alunaram segundo dizem.
    Uns tempos depois desse feito, fui testemunha de um fenómeno para o qual nunca encontrei nenhuma explicação racional e que até à poucos anos ficou como que bloqueado no meu subconsciente.
    Nessa data eu morava em Luanda no bairro Catambor. Uma noite como tantas outras fui levar o lixo ao ponto de recolha que ficava uns 20 a 30 metros do portão da minha casa.
    A frente da nossa casa era sensivelmente virada a Sul. O ponto de recolha ficava para o lado esquerdo da rua, portanto no sentido leste.
    No regresso e quando me encontrava quase junto ao portão da minha casa, algo me chamou a atenção no céu. À minha esquerda, sensivelmente na direcção sudoeste vejo uma pequena bola de luz amarela que vai aumentando de tamanho repentinamente, parecendo aproximar-se de mim num angulo de +/- 30º em relação ao horizonte. Quando a bola de luz atingiu um diametro identico ao do Sol, de seguida o seu tamanho reduziu-se repentinamente até ficar do tamanho de uma estrela no firmamento, parecendo estar a afastar-se a uma velocidade estonteante. De seguida repetiu a aproximação e o recuo pelo menos mais umas duas vezes. Não houviu qualquer som estranho, apenas os sons normais da noite.
    Na ultima aproximação, quando a bola de luz estava no seu diametro máximo ouvi o ruido dos motores a jato de pelo menos dois caças da força aérea levantaram voo da base aérea de Luanda que utilizava as pistas do aéroporto.
    Logo de seguida a bola de luz recuou repentinamente diminuindo de diametro até desaparecer no firmamento.
    O aéroporto distava da minha casa sensivelmente 2.5 kms e eu sabia distinguir o som dos motores a jacto dos aviões militares FIAT G92 dos aviões civis pelo facto de viver à alguns anos nos arredores do aéroporto e de lá ir muitas vezes ver os aviões aterrarem e levantarem
    Por algum tempo continuei a ouvir o barulho dos aviões da FAP nos céus da cidade.
    Desnecessário será dizer que fiquei estarrecido de medo e assim a bola de luz desapareceu no céu, eu corri pelo meu quintal dentro até casa.
    Durante dezenas de anos nunca comentei esta visão com ninguém com receio de me chamarem de mentiroso. Entretanto os anos foram passando e este facto ficou esquecido no meu subconsciente.
    Em adulto li e ouvi dezenas de relatos sobre ovnis na televisão mas nunca relacionei isso com a visão que tivera em garoto. Parecia que o meu cérebro tinha apagado esse facto da minha memória, até que um dia, à poucos anos atrás, estava a ver um programa na TV sobre antigas civilizações e assuntos relacionados com ovnis e de repente veio-me à memória essa lembrança passada. Seria possível que aquela bola de luz com um comportamento tão estranho, que presenciei em garoto tenha sido um Ovni? Talvez, não sei.

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  2. Decorria o ano de 1969, ano em que a Apollo 11 chegou à Lua e os norte-americanos Neil Armstrong e Buzz Aldrin lá alunaram segundo dizem.
    Uns tempos depois desse feito, fui testemunha de um fenómeno para o qual nunca encontrei nenhuma explicação racional e que até à poucos anos ficou como que bloqueado no meu subconsciente.
    Nessa data eu morava em Luanda no bairro Catambor. Uma noite como tantas outras fui levar o lixo ao ponto de recolha que ficava uns 20 a 30 metros do portão da minha casa.
    A frente da nossa casa era sensivelmente virada a Sul. O ponto de recolha ficava para o lado esquerdo da rua, portanto no sentido leste.
    No regresso e quando me encontrava quase junto ao portão da minha casa, algo me chamou a atenção no céu. À minha esquerda, sensivelmente na direcção sudoeste vejo uma pequena bola de luz amarela que vai aumentando de tamanho repentinamente, parecendo aproximar-se de mim num angulo de +/- 30º em relação ao horizonte. Quando a bola de luz atingiu um diametro identico ao do Sol, de seguida o seu tamanho reduziu-se repentinamente até ficar do tamanho de uma estrela no firmamento, parecendo estar a afastar-se a uma velocidade estonteante. De seguida repetiu a aproximação e o recuo pelo menos mais umas duas vezes. Não houviu qualquer som estranho, apenas os sons normais da noite.
    Na ultima aproximação, quando a bola de luz estava no seu diametro máximo ouvi o ruido dos motores a jato de pelo menos dois caças da força aérea levantaram voo da base aérea de Luanda que utilizava as pistas do aéroporto.
    Logo de seguida a bola de luz recuou repentinamente diminuindo de diametro até desaparecer no firmamento.
    O aéroporto distava da minha casa sensivelmente 2.5 kms e eu sabia distinguir o som dos motores a jacto dos aviões militares FIAT G92 dos aviões civis pelo facto de viver à alguns anos nos arredores do aéroporto e de lá ir muitas vezes ver os aviões aterrarem e levantarem
    Por algum tempo continuei a ouvir o barulho dos aviões da FAP nos céus da cidade.
    Desnecessário será dizer que fiquei estarrecido de medo e assim a bola de luz desapareceu no céu, eu corri pelo meu quintal dentro até casa.
    Durante dezenas de anos nunca comentei esta visão com ninguém com receio de me chamarem de mentiroso. Entretanto os anos foram passando e este facto ficou esquecido no meu subconsciente.
    Em adulto li e ouvi dezenas de relatos sobre ovnis na televisão mas nunca relacionei isso com a visão que tivera em garoto. Parecia que o meu cérebro tinha apagado esse facto da minha memória, até que um dia, à poucos anos atrás, estava a ver um programa na TV sobre antigas civilizações e assuntos relacionados com ovnis e de repente veio-me à memória essa lembrança passada. Seria possível que aquela bola de luz com um comportamento tão estranho, que presenciei em garoto tenha sido um Ovni? Talvez, não sei.

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