Aeródromo-Base nº 4, tarde do dia 3 ou 4 de Outubro de 1969.
Ao balcão do bar do nosso Clube dos Especialistas, eu e o Carlos Fialho, mecânico de avião também. Conversámos e bebemos umas cervejas. No dia 5, feriado nacional também em Angola e por maioria de razão, passava-se o dia, relaxadamente, conversas, leituras, ou simplesmente deitados a olhar para o tecto da camarata.
A notícia caiu de chofre: o T-6 1792 despenhara-se perto de Teixeira de Sousa, com os ocupantes: o piloto e o mecânico.
Este era o Carlos Fialho, morto, completamente carbonizado, vi fotografias. Nunca mais fui o mesmo. Houve dias em que o álcool começou a ser um refúgio.
© João Tomaz Parreira
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