sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

NOMES QUE FIZERAM A HISTÓRIA DA AERONÁUTICA PORTUGUESA

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Óscar Monteiro Torres

Óscar Monteiro Torres nasceu em Luanda, a 26 de Março de 1889. Frequentou o Colégio Militar com o nº 228 e frequentou o curso de Cavalaria na Escola do Exército. Em 1916, com apenas 26 anos, já capitão, foi para Inglaterra tirar o brevet, revelando grande talento e recebendo vários louvores. A partir daqui começam as dúvidas sobre o seu percurso. Enviado para França, fazendo parte do CEP (Corpo Expedicionário Português), começou por ser integrado na esquadrilha inglesa de observação nº 10. Depois, aparentemente devido a laços de amizade com o aviador Guynemer, conseguiu uma colocação na Esquadrilha de Caça Spad nº 55, a célebre Esquadrilha das Cegonhas. Apresentando-se na nova base no dia 16 de Novembro de 1917, fez, três dias depois o seu primeiro voo operacional, na companhia do piloto francês de nome Lamy (embora haja fontes que também refiram a presença de mais dois aparelhos franceses nesta patrulha).Sobre a frente de combate a três mil metros de altitude sobre território francês, entre Chemain dês Dames e Laon, os Aliados depararam-se com dois aviões de observação alemães, que estavam a fazer a orientação de tiro de artilharia. Na ânsia de atacar, não repararam numa escolta de caças Fokker( dois, segundo uma fonte, três garante outra, e mesmo cinco diz uma terceira), que se lançaram em defesa dos seus compatriotas. Lamy retirou, mas o português não conseguiu e foi atacado por esta força das escoltas. O Spad XIII (provavelmente, embora também não haja certezas quanto ao tipo de aparelho que pilotava) incendiou-se e o motor parou, não sem que antes, Monteiro Torres abatesse dois inimigos, diz uma fonte romanceada, (não há registos oficiais destas vitorias do piloto português). A aterragem forçada foi violenta. Monteiro Torres não sobreviveu aos ferimentos, morrendo no dia seguinte. Para a História fica o facto de ter sido o primeiro piloto português a combater e a ser morto nas suas funções. No entanto muitos outros portugueses voaram nas forças aliadas, como acontaceu com Lelo Portella,  Pereira Gomes e Ulisses Alves.


Crédito: Euro Impala/Força Aérea Portuguesa