Amigo e companheiro Corredeira
Há muitos e muitos anos que a tua imagem passa por mim porém, sempre difícil de te encontrar fisicamente.
Depois de me ter reencontrado com todo este companheirismo do Leste Angolano, tenho revivido muitas oportunidades de saudosa alegria.
Fui a dois convívios, detectei muitos conhecidos e perguntei por ti a pilotos presentes.
Agora, que me foram referenciadas duas fotografias (uma comigo exposto outra, contigo), tentei saber o teu endereço electrónico e fazer-te este contacto.
Fui controlador em H.C. desde Agosto de 1971 até Março de 1974. Estivemos juntos por várias vezes e, uma dessas vezes, foi na Torre de Controlo onde foram tiradas estas fotos. Pela sombra projectada numa destas fotografias, reconheci a minha pessoa. Tirei-te uma fotografia apanhando o ângulo virado para a placa dos aviões, e tu apanhaste-me dentro da Torre a fingir que contactava alguém.
Entre algumas histórias passadas entre nós, lembro-me especialmente de duas:
Numa das tuas múltiplas missões pelo Leste, numa delas, vinhas com proveniência do Camaxilo.
Nisto, ao contactares comigo utilizaste uma linguagem “não operacional” e relataste: “Henrique de Carvalho, Henrique de Carvalho, daqui a aeronave… proveniente da Marinha Grande, carregada com vidro e com destino a essa Base, …, …, escuto”.
Dei-te alguma “corda” porém, não sabia que estávamos a ser escutados na Esquadra dos Radaristas.
Quando fui almoçar alguém me informou de que o capitão dessa Esquadra estava a experimentar um rádio e perguntou a um seu subordinado se sabia o que se estava a passar…
Lembro-me duma passagem interessante que me contaste… numa outra ocasião.
Referiste, com muita graça, e a propósito dalguma conversa cujo tema se entrelaçava com esta passagem, de que num daqueles dias enevoados, lá na tua santa terra, enquanto cuidavas da tua higiene pessoal, pela manhã, avistaste um sujeito a fazer as necessidades no teu quintal (ou, nas proximidades) sem que ele desse conta de que estava a ser avistado. Pensando ele que o nevoeiro tudo encobria. Esta pequena narração ficou na minha memória, achei graça no momento, e ainda hoje penso se aquilo que me contaste nessa época, ficou tão apegada no teu cérebro como ficou no meu!...
Referiste, com muita graça, e a propósito dalguma conversa cujo tema se entrelaçava com esta passagem, de que num daqueles dias enevoados, lá na tua santa terra, enquanto cuidavas da tua higiene pessoal, pela manhã, avistaste um sujeito a fazer as necessidades no teu quintal (ou, nas proximidades) sem que ele desse conta de que estava a ser avistado. Pensando ele que o nevoeiro tudo encobria. Esta pequena narração ficou na minha memória, achei graça no momento, e ainda hoje penso se aquilo que me contaste nessa época, ficou tão apegada no teu cérebro como ficou no meu!...
Dá novidades.
Da tua geração, lembro-me de muitos pilotos: Carlos Pinheiro, Jaime Anastácio, Tex, Ribeiro Silva, Abel, Arroja, Pedro Borges, David Morais, Hermano, Gomes da Silva, etc, etc.
Um abraço