sexta-feira, 22 de junho de 2012

LOCKHEED C-130 HERCULES

As origens do C-130 Hercules remontam à Guerra da Coreia, numa época em que a era do jacto tinha o seu início durante a qual se tornava necessário um avião de transporte moderno e versátil que viesse a substituir os vários aparelhos herdados da Segunda Grande Guerra. Pretendia-se, assim, um aparelho de transporte táctico de tamanho médio, com propulsão turbo-hélice, capaz de desempenhar um variado número de missões nas mais diversas condições operacionais. Em Fevereiro de 1952 a Lockheed apresentou um desenho completamente inovador para a época, o qual lhe valeu a escolha para a produção de dois protótipos. O primeiro dos dois YC-130 fez o voo inaugural em 23 de Agosto de 1954 em Burbank, na Califórnia.
Desde os seus primórdios que foram produzidos milhares de aparelhos nas mais diversas versões, os quais vieram a equipar as Forças Aéreas e também algumas entidades civis de um grande número de países.
As suas actividades são muitas e diversificadas: transportam infantaria, armamento e veículos para o campo de batalha; lançam para-quedistas e equipamento do ar; desempenham abastecimentos aéreos e no solo; levam a cabo evacuações de emergência e com fins humanitários; vigiam os mares e oceanos; já foram também utilizados na recuperação de capsulas espaciais e ligações à Antártica. A chegada dos primeiros dois dos seis C-130 Hercules que totalizam a frota ao serviço da Força Aérea Portuguesa ocorreu a 15 de Setembro de 1977 na Base Aérea 6 (B.A.6) Montijo, encerrando a época dos serviços de transportes desempenhados por aparelhos como os Dakota, Noratlas e Boeing 707. A natureza muito diversificada das missões que executa, como busca e salvamento, patrulhamento marítimo, transporte táctico e logístico e missões de ataque a incêndios florestais, prova a versatilidade e eficácia desta aeronave. Actualmente, tem vindo a realizar missões de transporte e de carga, garantindo a satisfação das necessidades não só da Força Aérea como dos outros ramos das Forças Armadas. De forma bem mais visível e mediática, os C-130 têm participado de forma activa em missões de carácter humanitário e de apoio logístico a outras forças nacionais e internacionais envolvidas em operações de paz, caso da Desert Storm (Tempestade no Deserto), durante a guerra do Golfo, e do apoio logistico às forças portuguesas na Bosnia-Herzegovina, em Timor –Lorosae, e a participação na operação Fingal, de auxilio, durante a crise do Afeganistão.
Crédito: Euro Impala/Força Aérea Portuguesa