Submetralhadora Lusa, ou se preferirem a pistola-metralhadora Lusa, foi um projecto desenvolvido pela Industria Nacional de Defesa EP, com vista a substituir as antigas FBP.
O projecto custou 15 milhões de euros e em Novembro de 1987 foi apresentada ao publico na I Exposição Internacional de Defesa, realizada em Alcochete.
Em traços gerais: uma arma de calibre 9x19mm, que reúne o melhor dos dois modelos de referência no sector, a alemã H&K e a Uzi israelita. Ideal para forças policiais e tropas de elite, esta arma foi considerada pela imprensa especializada a melhor, tendo em conta o binómio preço/ qualidade.
Tinha três variantes:
Lusa A1: versão original desenvolvida em 1983, com um cano envolvido por uma manga de refrigeração;
Lusa A2: aperfeiçoamento da A1, com uma caixa de culatra mais resistente e opção por um cano destacável incorporando um silenciador.
Lusa A2S: aperfeiçoamento da A2, com uma caixa de culatra mais resistente (reforçada por padrão de estampagem) e opção por um cano destacável, contém uma bateria de gatilho, que permite apenas ciclo de tiro semiautomático, esta versão, era destinada ao mercado civil.
Devido aos custos de produção nunca chegou à fase de produção em massa nas INDEP.
Em 2004, a INDEP vendeu uma licença, tal como todas as ferramentas e máquinas para o fabrico da Lusa A2, a um grupo de empresários da indústria de armas, a Stan Andrewski, Jerry Prasser e Ralph Dimicco, que fundaram uma empresa com o nome LUSA USA. Não sendo conhecidos clientes militares, a arma é vendida para o mercado civil e policial nos Estados Unidos.
A arma é considerada pelas publicações especializadas como extremamente fiável, precisa (para uma submetralhadora) e representa uma das melhores senão a melhor relação qualidade/preço para este tipo de arma no mercado norte-americano.
A ser verdade os números e o caso em 2004, quando foi alienada pelo Ministério da Defesa, então liderado por Paulo Portas. O governo português vendeu todo o projecto, incluindo a maquinaria de produção, a um grupo de empresários norte-americanos pelo preço de 50 mil dólares (40 000 €. Quarenta mil euros)...
Os únicos exemplares da Lusa existentes em Portugal estão no Laboratório da Polícia Científica da Polícia Judiciária (PJ), um exemplar Lusa A2 e um Lusa A1.
Para as forças policiais e militares portuguesas, Portas adquiriu 10.000 unidades chilenas pelo preço de 1.100€ a unidade. O valor unitário dos "chavecos" no mercado negro não ultrapassava os 400€. O concurso incluía uma proposta de 1.250€ a unidade, dos alemães da HECKLER & KOCH (H&K com o modelo G-36), uma autentica arma de elite.
Entretanto os empresários norte-americanos fundaram a Lusa USA uma empresa para a produção da arma desenvolvida pela INDEP. É um autentico sucesso de vendas.
O processo de extinção da INDEP foi iniciado em 2001, no Governo de António Guterres e os bens da empresa vendidos em leilões públicos em 2003 e 2004, durante o Executivo de coligação PSD/CDS.
E sempre no melhor interesse do País!!!!!!
ResponderEliminar