quinta-feira, 24 de maio de 2018

VOANDO NO NARIZ DE UM P2V5 NEPTUNE


Ora, é apenas uma historieta. 
Voar no nariz envidraçado do P2V5 Neptune é uma experiência única e inesquecível. 
Quase no fim dos meus 6 anos como cabo OMET, em Novembro de 1973, surgiu a oportunidade de voar num P2V5 que ia fazer um vôo de treino. 
A oportunidade surgiu durante a travessia no barco da Base, da Praça do Comércio para o Montijo (BA6), em que à conversa com um piloto (muito jovem, não me lembro do nome dele) eu lhe disse que adoraria a experiência de voar no nariz de um P2V5. 
Tudo bem, disse ele, vai ter à pista às 3 da tarde que vens comigo. 
E assim foi, lá fui, parecia um puto de tanta excitação. Lá me sentei numa cadeira no nariz, que permitia ver até verticalmente para baixo. Arrancámos e começamos a sobrevoar as localidades ali perto, Montijo, Samouco, e o Mar da Palha, bem baixo, talvez a uns 15 metros da água, e às tantas o avião passou exactamente por cima da fragata D. Fernando II e Glória (que eu na altura desconhecia). 
Era um escombro total, nada acima do convés, só madeiras queimadas e retorcidas e um montão de gaivotas que tinham tomado o barco como poiso. Fiquei impressionado com a desgraça em que estava o barco. 
Enfim, acabou por ser totalmente recuperada e esteve em exposição atracada junto da EXPO98, lindíssima. 
Hoje está assim:




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2 comentários:

  1. Obrigado Bernardes Neves, ficou muito bem os pequenos arranjos, creio que da tua lavra, grande abraço. Vou contratar-te como meu editor!!!!!!!!

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  2. Na terminologia naval não é um barco mas sim um navio

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