Ora, é apenas uma historieta.
Voar no nariz envidraçado do P2V5 Neptune é uma experiência única e inesquecível.
Quase no fim dos meus 6 anos como cabo OMET, em Novembro de 1973, surgiu a oportunidade de voar num P2V5 que ia fazer um vôo de treino.
A oportunidade surgiu durante a travessia no barco da Base, da Praça do Comércio para o Montijo (BA6), em que à conversa com um piloto (muito jovem, não me lembro do nome dele) eu lhe disse que adoraria a experiência de voar no nariz de um P2V5.
Tudo bem, disse ele, vai ter à pista às 3 da tarde que vens comigo.
E assim foi, lá fui, parecia um puto de tanta excitação. Lá me sentei numa cadeira no nariz, que permitia ver até verticalmente para baixo. Arrancámos e começamos a sobrevoar as localidades ali perto, Montijo, Samouco, e o Mar da Palha, bem baixo, talvez a uns 15 metros da água, e às tantas o avião passou exactamente por cima da fragata D. Fernando II e Glória (que eu na altura desconhecia).
Era um escombro total, nada acima do convés, só madeiras queimadas e retorcidas e um montão de gaivotas que tinham tomado o barco como poiso. Fiquei impressionado com a desgraça em que estava o barco.
Enfim, acabou por ser totalmente recuperada e esteve em exposição atracada junto da EXPO98, lindíssima.
Hoje está assim:
Obrigado Bernardes Neves, ficou muito bem os pequenos arranjos, creio que da tua lavra, grande abraço. Vou contratar-te como meu editor!!!!!!!!
ResponderEliminarNa terminologia naval não é um barco mas sim um navio
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