quinta-feira, 3 de novembro de 2011

FORÇA AÉREA PORTUGUESA - RESUMO HISTÓRICO



embora desde 1912 o assunto estivesse a ser debatido no Parlamento, só em 1915 foi publicada a legislação que criou a primeira Escola de Aeronáutica Militar, dando-se assim início à existência da Força Aérea Portuguesa.
Contudo, só em 1916 esta Escola abriu e funcionou, com instrutores brevetados em França,destinando-se, na sua origem, à formação de pessoal para a Marinha e o Exército.
Em 1917 foi criada a Arma de Aeronáutica, no Exército, criando a Marinha, simultâneamente a Aviação Naval, administrada pela Direcção da Aeronáutica Naval.
Em cumprimento dos seus compromissos internacionais tomou Porrtugal parte na 1º Guerra Mundial. A Aeronáutica Militar destacou para França um Grupo de Esquadrilhas de Caça e Observação, ao mesmo tempo que enviava uma Esquadrilha para Moçambique, em apoio às operações ali em curso.
No período que se seguiu ao após guerra, realizaram os aviadores militares portugueses uma série de notáveis viagens, sendo de destacar as duas travessias, diurna e nocturna, do Atlântico Sul, levadas a efeito por GAGO COUTINHO e SACADURA CABRAL e por JORGE DE CASTILHO, SARMENTO DE BEIRES e MANUEL GOUVEIA.
Serviram estas viagens para comprovar as excelências do método de navegação astronómica, estudado e praticado por GAGO COUTINHO, com as modificações que então introduziu no sextante.
Em 1924 destaca-se, também, o voo que SARMENTO DE BEIRES, BRITO PAIS e MANUEL GOUVEIA realizaram de Lisboa para Macau, levando as asas portuguesas a um dos mais distantes pontos do nosso território.
Nesta altura a Aeronáutica Militar era constituída por uma Esquadra de Caça, outra de Reconhecimento e outra de Bombardeamento, cada uma delas com três Esquadrilhas a seis aviões; existiam mais uma Esquadra de Instrução, uma Companhia de Balões e as Oficinas Gerais de Material Aeronáutico. A Aviação Naval, com 25 aviões, possuía um efectivo total de 178 homens.
Em 1927 a Aeronáutica Militar sofre uma extensa reorganização, que muito a valorizou, mas é a reorganização militar de 1937 que proporciona as bases de desenvolvimento e eficiência que a nossa Força Aérea veio a adquirir.
Criaram-se a Direcção e a Inspecção da Arma da Aeronáutica, a Repartição Técnica do Material e a Comissão Técnica da Arma da Aeronáutica.
O novo material que passou a equipar as nossas Esquadras era constituído por Gladidtor's, Hawker Hind's e, mais tarde Spitfire's e Hurricane's, Breda's Ba 65, Ju's 52 e Ju's 86.
Durante a Guerra Civil Espanhola alguns pilotos portugueses ali serrviram nas esquadras nacionalistas, como voluntários, colhendo preciosos ensinamentos.
Durante a II Guerra Mundial, a Aeronáutica Militar recebeu novo e mais moderno material de voo, como os Hurricane's, Airacobra's, Spitfire's V, Blenheim's e Oxford's, enquanto que a Aviação Naval recebia Oxford's Beaufighter's e Gruman´s.
É durante este período que nos Açôres são concedidas facilidades Aliados, vindo a nossa Aviação a beneficiar grandemente dos contactos estabelecidos com a R.A.F. e U.S.A.F.
Nos anos que se seguiram, começa a desenvolver-se uma Força Aérea moderna, com doutrina e uma orgânica devidamente definidas à face dos ensinamentos colhidos e da evolução da técnica da aeronáutica.
Como resultado deste amadurecimento, em 1952 é criada oficialmente a Força Aérea Portuguesa,emparceirando lado alado com o Exécito e a Marinha.Seguem-se anos de um período de desenvolvimento, ainda hoje em curso, por forma a preparar este novo Ramo das Forças Armadas para cumprir a missão que lhe incumbe dentro do Quadro da Defesa Nacional, na Metrópole como nas nossas Províncias Ultramarinas- a defesa do espaço aéreo nacional e a cooperação com as Forças Terrestres e Navais.

Por: 

Sem comentários:

Enviar um comentário