segunda-feira, 2 de maio de 2011

AVIÕES DA AERONÁUTICA MILITAR - NIEUPORT NI.10

Aviões da AM - Nieuport Ni.10

O capitão Santos Leite, instrutor e mais tarde ensaiador de aviões e chefe do posto do Campo Internacional de Aviação (Parque de Material Aeronautico em Alverca), junto a um Nieuport Ni.10 (Ni.83E2 ou "Nieuport 18 metros") que capotou em Vila Nova da Rainha. O leme ainda se encontra pintado nas cores francesas. Neste modelo, as mastreações entre asas («struts») eram paralelas e não divergentes.(Crédito Cor. Edgar Cardoso).
A Escola de Aviação Militar, em Vila Nova da Rainha, recebeu sete Nieuport N.10 de treino. em 1917. Eram duma versão para adestramento do conhecido Nieuport Ni.10 A2 de observação, conhecido por Nieuport «18 metros», caracterizando a sua superficie alar, mas expressa em metros. Estes aviões foram transferidos para a Esquadrilha Mista do Depósito (E.M.D.) de Tancos, aquando da mudança das instalações para a Granja do Marquês em 1920.
Foi num destes aviões que o capitão Norberto Guimarães realizou em Março de 1917, um voo de propaganda com escala em vários pontos do País, para obter adesões de oficiais das unidades visitadas, com vista à formação do futuro Serviço de Aviação do Corpo Expedicionário Português, que já nessa altura combatia em França, ao lado dos aliados, pois as primeiras tropas tinham partido de Lisboa em Janeiro de 1917.(Crédito: "Os Aviões da Cruz de Cristo", Dinalivro, 1989).
O biplano Nieuport Ni.10, de dois lugares, foi desenvolvido por Gustave Delage em 1914, na altura com o objectivo de participar na Gordon Bennet Cup em 1914, mas o seu alistamento na marinha fez com que o projecto fosse depois prosseguido por colegas que o transfomaram em avião militar, com a patente 477.457 de 30 de Janeiro de 1915.
O prototipo era equipado com um motor Gnome 80hp e a asa superior tinha um corte circular, para permitir um observador de pé com acesso a uma metralhadora montada sobre a asa, no lugar da frente. Por isso era designado 10AV (avant).
Mais tarde, o corte circular foi abandonado e instalada uma metralhadora Lewis, sendo o seu manuseamento feito pelo observador que ia no lugar de trás (10AR) ou pelo piloto, no modelos em que o lugar da frente era coberto e não usado. Este foi o modelo fornecido à esquadrilha n. 57 da RNAS, formada em 23 de Maio de 1915.
O último modelo Nieuport N.10AR (arrière), já equipado com uma metralhadora Hotchkiss. Os russos fabricaram várias versões do Nieuport 10 com motores Le Rhone de 110hp e 120hp. Também a Nieuport-Macchi construiu 240 aviões sob licença. Quando o novo monolugar Nieuport N.11 chegou à frente de combate, o Nieuport N.10 passou a ser utilizado apenas como avião de treino. Créditos: jfs -ex-ogma.blogspot.com
Por: Aníbal de Oliveira

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