Em Portugal, a variedade de fenómenos observados acompanha todo o espectro ovnilógico mundial, incluindo contactos imediatos de terceiro grau, registo de radar, vestígios físicos, objectos submarinos não identificados (ÓVNIS) e até alguns casos de abdução. O número total de casos conhecidos publicamente chega a mil, o que torna difícil uma selecção justa entre tal quantidade e qualidade de relatos. Tendo em conta a dimensão do território e da demografia, pode-se assumir que a taxa de avistamentos em Portugal, ao longo do último século, é bastante elevada. Faz parte destas estatísticas um caso ocorrido em 1946, um ano antes do início da Era Moderna dos Discos Voadores. Portugal é testemunha de alguns fenómenos celestes, provavelmente relacionados com uma porção de avistamentos nos países escandinavos. Neles, eram observados, nos anos 40 e 50, fenómenos designados por “foguetes fantasmas”. No mês de Maio de 1946, um projéctil em forma de foguete também foi notado em Lisboa por grande número de testemunhas. Mais tarde, em Setembro, ocorreram mais alguns avistamentos em várias partes do país, cujos objectos foram descritos como “esferas de luz verde”, “estranha luz”ou mesmo “foguete fantasma”. Embora a imprensa portuguesa noticie os acontecimentos ocorridos nos Estados Unidos no ano posterior, os relatos de discos voadores chegaram às terras lusitanas um pouco mais tarde. A provável primeira filmagem de um OVNI no mundo pode ter sido feita em terras lusitanas. A imprensa do país, mais propriamente a Rádio Televisão Portuguesa (RTP), teve a sorte da proeza em 1947, na Serra das Meadas, perto da cidade de Valongo, no norte do país. No filme, de José Aires, é possível ver um objecto luminoso que por diversos minutos realiza manobras irregulares sobre os morros. Infelizmente, a gravação não se encontra em bom estado de preservação e os detalhes da observação são muito difíceis de serem recuperados. No entanto, pelo tempo, o trabalho é um dos principais documentos a demonstrar a realidade dos ÓVNIS em Portugal. Por coincidência ou não, é também perto dessa serra que, em 1990, na cidade de Alfena, foram obtidas as fotografias mais conhecidas de um OVNI sobre território português, o chamado Caso de Alfena.
Se filmagens de ocorrências já são difíceis, contactos imediatos são ainda mais. A grande maioria dos casos portugueses, como em todo o mundo, é de avistamentos de fenómenos distantes. Em poucos deles há interacção próxima das testemunhas. Um dos casos mais interessantes nesta categoria é o Caso de Alfena, ocorrido em Setembro de 1990. Durante a manhã de 10 de Setembro daquele ano, em Vilar, várias testemunhas da localidade puderam observar um estranho objecto que sobrevoava a área. Ele foi descrito como tendo aspecto metálico e produzindo barulho como o de um aparelho eléctrico, com uns apêndices descendentes. Um fotógrafo que se encontrava no local conseguiu quatro fotos, que passaram a ser consideradas os registos fotográficos de ÓVNIS mais significativos de Portugal. O caso, característico de um contacto imediato de terceiro grau, foi intensamente investigado na época pela CNIFO, que não conseguiu chegar a uma conclusão. Há casos de contactos mais intensos. Apesar de muitos cépticos em relação à realidade física dos fenómenos fonológicos apontarem falta de evidências palpáveis como sustentação de argumento, essas provas existem, ainda que de forma rara e muitas vezes efémera. Em nosso país, podemos encontrar alguns casos de contactos imediatos de segundo grau dignos de registo, como o de um objecto visto na Praia da Nazaré, na madrugada de 28 de Agosto de 1957. Um casal encontrava-se no local e pôde observar algo escuro rodeado de luz esverdeada, a cerca de 200 m acima do nível do mar. Quando passou sobre as testemunhas, estas conseguiram ver o formato circular do artefacto. Em seguida, ele desceu até cinco metros do solo, a uma distância de 100 m de onde estavam. Tinha uma pequena cúpula e uma janela com mais ou menos três metros de largura, através da qual se via certa luz amarela. Depois disso, emitiu um raio luminoso a partir de sua base até a areia da praia e baixou um pouco mais, até dois metros em relação ao solo. Após o final do avistamento, foi possível constatar a existência de seus vestígios físicos, que se fizeram sentir no desaparecimento de pedras e plantas na extensão de quatro metros quadrados.
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