Um tipo de Missão Operacional, típico de “Scramble” na colaboração FAP/FT, era o Apoio/Fogo quando as tropas, de repente e sem esperar, eram atacadas pelo inimigo.
Para isso tínhamos sempre dois pilotos de “Alerta ao T-6” prontos a descolar dentro de 5 minutos numa parelha (um com metralhadoras e um com foguetes) .
Quase sempre éramos acompanhados por Cabos Especialistas (cá estão eles outra vez!) os quais, apesar de não ser operacionalmente necessário, faziam questão de vir connosco por questões de camaradagem, “amor à camisa” e natural entusiasmo pelo voo.
Para nós era sempre agradável e reconfortante tê-los a bordo pois, se fossemos parar ao mato, era sempre melhor estar acompanhado do que só. Além disso, quatro olhos sempre viam melhor do que dois! O difícil nestas operações era a comunicação Ar/Terra. O equipamento de bordo era o rádioem FM AN /ARC-44 (as antenas vêem-se bem nos lados da fuselagem traseira nos T-6 e Do.27 e na frente dos Alouette III e Puma). As FTs usavam o rádio AN/PRC-10.
Estes equipamentos, de origem Americana eram do tempo da guerra da Coreia, funcionavam pessimamente e raramente se conseguiam comunicações claras. O nosso nome de código era sempre “Pardal” e as FTs “Cobra”. A fraseologia era, no mínimo, uma perfeita confusão. Nós estávamos habituados a frases curtas e precisas enquanto as FTs, quanto mais nervosas, mais falavam. Ainda por cima tinham o péssimo costume de assobiar para fazer a sintonia.Comunicação típica: “Fiiiuuuuuuuu, Fiuuuuuuuuu Pardal, Pardal aqui Cobra, 1, 2, 3, 3, 2, 1 Bravo Delta (abreviação FT de Bom Dia!!!) para cheque de rádio, Escuto!!!!” “Bom dia Cobra, recebido 5 por 5, prossiga mas pare de assobiar, por favor!” “Fiiiuuuuuuuu, Fiuuuuuuuuu Pardal, Pardal aqui Cobra, tudo recebido, nada compreendido (???), Fiiiuuuuuuuu, Fiuuuuuuuuu!!!!” E assim sucessivamente.
Do ar não era nada fácil ver de onde eles estavam a ser atacados e, por esse motivo, a única coisa que queríamos saber era onde é que eles precisavam que fizéssemos fogo.
Aqui, em muitos casos, havia uma grande diferença entre os pedidos das tropas Regulares e Especiais: Enquanto as Regulares pediam para começarmos a fazer fogo entre eles e o inimigo para os fazer retirar e, de preferência, aniquilá-lo, já as Especiais pediam para fazermos fogo na retaguarda do inimigo, cortando-lhes a retirada, para eles poderem “agarrá-los à mão”.
Claro que é difícil generalizar e cada caso era diferente do outro até dependendo do número de forças empenhadas e posicionamento de cada um dos lados.
Para isso tínhamos sempre dois pilotos de “Alerta ao T-
Quase sempre éramos acompanhados por Cabos Especialistas (cá estão eles outra vez!) os quais, apesar de não ser operacionalmente necessário, faziam questão de vir connosco por questões de camaradagem, “amor à camisa” e natural entusiasmo pelo voo.
Para nós era sempre agradável e reconfortante tê-los a bordo pois, se fossemos parar ao mato, era sempre melhor estar acompanhado do que só. Além disso, quatro olhos sempre viam melhor do que dois! O difícil nestas operações era a comunicação Ar/Terra. O equipamento de bordo era o rádio
Estes equipamentos, de origem Americana eram do tempo da guerra da Coreia, funcionavam pessimamente e raramente se conseguiam comunicações claras. O nosso nome de código era sempre “Pardal” e as FTs “Cobra”. A fraseologia era, no mínimo, uma perfeita confusão. Nós estávamos habituados a frases curtas e precisas enquanto as FTs, quanto mais nervosas, mais falavam. Ainda por cima tinham o péssimo costume de assobiar para fazer a sintonia.Comunicação típica: “Fiiiuuuuuuuu, Fiuuuuuuuuu Pardal, Pardal aqui Cobra, 1, 2, 3, 3, 2, 1 Bravo Delta (abreviação FT de Bom Dia!!!) para cheque de rádio, Escuto!!!!” “Bom dia Cobra, recebido 5 por 5, prossiga mas pare de assobiar, por favor!” “Fiiiuuuuuuuu, Fiuuuuuuuuu Pardal, Pardal aqui Cobra, tudo recebido, nada compreendido (???), Fiiiuuuuuuuu, Fiuuuuuuuuu!!!!” E assim sucessivamente.
Do ar não era nada fácil ver de onde eles estavam a ser atacados e, por esse motivo, a única coisa que queríamos saber era onde é que eles precisavam que fizéssemos fogo.
Aqui, em muitos casos, havia uma grande diferença entre os pedidos das tropas Regulares e Especiais: Enquanto as Regulares pediam para começarmos a fazer fogo entre eles e o inimigo para os fazer retirar e, de preferência, aniquilá-lo, já as Especiais pediam para fazermos fogo na retaguarda do inimigo, cortando-lhes a retirada, para eles poderem “agarrá-los à mão”.
Claro que é difícil generalizar e cada caso era diferente do outro até dependendo do número de forças empenhadas e posicionamento de cada um dos lados.
João M.Vidal PIL
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