quinta-feira, 14 de agosto de 2025

UMA HISTÓRIA SOBRE A OTA (Ou a “massajem” com a coronha da Mauser)


A minha incorporação foi a 3ª de 1966, comigo e muitos outros jovens da época foi incorporado um rapaz oriundo de Moçambique, o qual fez a recruta como todos os outros, e no fim desta em vez de frequentar um dos cursos de especialistas, apresentou o diploma do 7º ano liceal, e consequentemente foi para a base aérea de Tancos, a fim de frequentar o curso de oficiais milicianos da PA.

Entretanto nós vamos para os diferentes cursos de especialistas, cursos esses que duravam aproximadamente 8 meses divididos por 2 fases, que correspondiam a 2 novas incorporações. Consequentemente o curso de oficiais milicianos durava apenas pouco mais de 3 meses, e quando nós passamos para a 2ª fase do curso ao mesmo tempo começa a 2ª recruta de 1967, e aparece um aspirante, que não nem mais nem menos que o nosso antigo camarada de recruta a fim de dar instrução a uma das secções dos novos recrutas.
Devido a ter-lhe “subido à cabeça” a sua situação de oficial, começou a dar instrução de uma forma bem dura para a época e os recrutas começaram à boca pequena a protestar.

Uma noite na instrução nocturna no pinhal os recrutas da sua secção decidiram “tratar-lhe da saúde” e nem pensaram duas vezes, na escuridão do pinhal trataram de o “massajar” com as coronhas das mauseres, fazendo que o nosso herói fosse passar o resto da noite ao hospital militar.

Na nossa recruta (3ª de 1966) havia um alferes da mesma terra do nosso aspirante que foi pena não ter sido amansado da mesma forma, o nome salvo erro Bragança, que gostava de humilhar os recrutas.


Por: Orlando Dias Coelho




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