quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

O F-5E TIGER II


O F-5E Tiger II (Era para ser)
Com o fim da Guerra em África, tornou-se evidente que a FAP não tinha um caça moderno capaz de garantir as necessidades de defesa aérea do país e de satisfazer os nossos compromissos internacionais junto da NATO.
O North American F-86F Sabre que equipava a Esquadra 201 dos Falcões em Monte Real estava ultrapassado e necessitava de ser substituído rapidamente. Como membro da NATO e aliado dos EUA, Portugal contava mais uma vez com a ajuda militar norte-americana para modernizar a sua força aérea. Dentro do leque de opções disponíveis, a opção mais desejada e assumida parecia ser um pequeno caça supersónico da Northrop que podia ser fornecido pelo Departamento de Defesa norte-americano ao abrigo do Military Assistance Program (MAP).
O F-5E Tiger II era um caça leve e de baixo custo, de fácil manutenção e operação e capaz de levar uma gama interessante de armamento. Estava em produção na Northrop e a ser fornecido a vários países tendo a sua produção final atingido os 1.482 exemplares.
O caça da Northrop era um aparelho vocacionado para operações ar-ar e na sua versão mais antiga (o F-5A) tinha dado mostras de ser uma boa máquina de combate na operação “Skoshi Tiger” durante a guerra do Vietname, onde somou 4.000 horas em missões de apoio táctico, reconhecimento e intercepção.
O F-5E era a segunda geração deste de caça mantendo a economia e a simplicidade do seu antecessor, mas com mais capacidades em termos de desempenho.
O interesse da FAP pelo avião começou a ganhar forma em 1976, com a chegada de 6 supersónicos de treinamento Northrop T-38A Talon emprestados pela USAF para treino dos pilotos portugueses. Os aviões foram integrados na Esquadra 201 em Monte Real, que estaria também destinada a receber os F-5. Este primeiro lote de aparelhos é reforçado por um segundo lote igual em Janeiro de 1980 destinado à mesma função.
Em Março desse ano, o Diário da República (I Série – Nº 60 – 12-3-1980) chega mesmo a publicar o esquema de pintura do F-5.

Por: José Augusto Matos, em revista Mais Alto de Mai/Jun 2013

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