sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

ALGUNS MININOS, TAMBÉM SOBREVIVERAM !

Com a especial deferência do António Carvalho, do Blog do CART.3514 "Panteras Negras"  http://cart3514.blogspot.pt/
"Recebi esta semana uma mensagem de Gago Coutinho, dum "Minino sobrevivente  da nossa época nascido em 68", que vivia nesses kimbos ao lado da pista, atrás do hangar ou do quartel do batalhão, achei piada ao 5º paragrafo do texto relacionado com o pessoal do bivaque "FAP" e é apenas por este motivo que estou a reenviar o dito mail para vós.

um abraço
António Carvalho, via Jaime Anastácio" 

Gago Coutinho 1969 - foto de Gonçalo de Carvalho
Gostei imensamente ao tomar conhecimento de que foste um do sobreviventes da guerra colonial, eu nasci em 1968 na Vila Gago Coutinho, hoje Lumbala-Nguimbo, no bairro Chinhundo, recordas um bairro que estava junto ao quartel e aos aviões, a escassos 
Tex e os mininos
metros da  pista de aterragem, cresci neste bairro, só aos 20 anos é que sai, quando andei um pouco por fora.
Quando recordo na altura ainda como criança, íamos muitas vezes no quartel, junto do meu mano, agora é falecido, havia muitos rapazitos cambuta á espera de sopa na cozinha dos soldados portugueses, deixando os estudos na escola e esperando a famosa sopa como se chamava no grupo dos "TUSOPEIROS".
Há vezes, eu gosto de perguntar o meu  Pai, a vida como era no passado, ele conta o momento em que eles vendiam cera e peixe nos lojas dos Europeus, a construção da Igreja de S. Bonifácio da Missão Católica e os campos de mandioca e outros assuntos interessantes da vida do Município, aqui até este momento há gente velha, ou quadros que viveram na era colonial contam cenas maningue.
O meu chefe, ele na altura trabalhou na Administração Colonial e conta como trabalhava com os Administradores de Vila Gago-Coutinho tudo aquilo me dá gosto de ouvir aquelas historias do passado recente no Angola.
Foto de e com José Carvalho
Me recordam, os helicóptero quando iam nos caça abatiam os palancas e outros animais, voltavam amarados nos pata, numas das vezes aterravam na baixa do rio Lumbala,  e deixavam os carne nas suas namorada, dá riso e alegria quando estamos juntos, os meus velhos a recapitular ou a tirar o radiografia da vida do tempo colonial.
Não ficas cansado de reportar e mandar sites, onde é possível encontrar algum material da Museologia do Município, um mapa politico administrativo da era colonial por exemplo, como se chamava as aldeias ou sanzalas na era colonial, porque os bairros atuais alguns nomes sofreram alteração devido o tempo.
Aquele abração
17 de Novembro de 2013
L. J. M.

3 comentários:

  1. Este comentário "dus minino" na altura e o modo como ele fala das recordações que os mais velhos ainda possuem deita por terra as teorias que constantemente algumas mentes brilhantes querem que sejam digeridas á força. Creio que de uma forma ou outra todos os que por lá passaram deram de si e receberam também. Um abraço e votos de um Santo Natal.

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  2. A.Martinho01 março, 2014

    Esta foto aerea de Gago Coutinho diz-me muito pois estava lá nessa altura no PAD 2096. Ex. F.Mil. Martinho

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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