Caros companheiros, familiares e amigos:
Ao vermos o nosso impressionante "Álbum de Fotos", o qual nos trás ao
pensamento aqueles momentos inesquecíveis do que chamávamos de “Guerra
Colonial” vemos que, na grande maioria das fotos estamos felizes e divertidos.
Pois é, fotos que tirávamos nos momentos de lazer, e se até nesses momentos não estivéssemos alegres ou divertidos fazíamos por tal, pois essa seria mais uma imagem a enviar aos nossos familiares e amigos, pois queríamos mostrar que, como dizíamos nas cartas, estava tudo bem de saúde e de espírito.
Umas verdades, umas mentiras inocentes, boas ou má disposição era tudo o que relatávamos nessas cartas, pois vivíamos numa ditadura onde as cartas ou os “Bate-estradas” eram espiados à lupa e não podíamos dar azo às tristezas, mal-estar, insatisfação e revolta.
Não temos palavras, o coração aperta ao reviver naquele álbum, ver imagens dos que foram os primeiros e os últimos, os que chegaram e os que por lá ficaram, aqueles que já se foram e os que hoje são outros, porque lá foram.
E as evacuações? E as noitadas? E a pouca ou má alimentação? E o cansaço? E? E?... E os que estavam junto à rede toda a noite? E os que estavam nos destacamentos, ainda mais na linha da frente? … Tantos EEE`s, que nem sei em que falar.
Quantos dias e noites passávamos em sobressalto, quando sabíamos que as nossas tripulações, nos fabulosos aviõezitos que tínhamos, entre tantas missões que lhes estavam destinadas, (missões de busca e salvamento, evacuações, protecção a colunas de militares e civis,) ainda saíam em missão de combate, municiados de armamento, que quando regressavam já nada traziam porque as descarregaram em locais pré estabelecidos, sem que esses homens soubessem o porquê de tamanha destruição.
Apesar do cenário de guerra em que se vivia, a coragem, o espírito de sacrifício, a camaradagem, fazia destes jovens, dignos de serem recordados com mais respeito, por aqueles que ainda hoje nos querem apagar da memória colectiva futura. Fizemos por merecer o respeito das chefias militares, dos governantes, do País a quem tanto demos e nada pedimos. Talvez um dia…
Escrevemos estas linhas, para que ao verem os nossos álbuns, não pensarem que a guerra era lá longe, e que as alegrias e os devaneios da juventude estampados nos nossos rostos eram toda a verdade, porque essa, só cada um pode dizer o que passou, o que sentiu o que foi.
DESTERRO, de certeza que foi para quase todos e por isso escrevemos a agradecer a todos os que têm colaborado neste Blog, com os seus depoimentos e Histórias de Guerra.
Esperamos, que se ainda não escreveste, o faças, para que te possamos recordar e revivermos os bons e maus tempos.
Pois é, fotos que tirávamos nos momentos de lazer, e se até nesses momentos não estivéssemos alegres ou divertidos fazíamos por tal, pois essa seria mais uma imagem a enviar aos nossos familiares e amigos, pois queríamos mostrar que, como dizíamos nas cartas, estava tudo bem de saúde e de espírito.
Umas verdades, umas mentiras inocentes, boas ou má disposição era tudo o que relatávamos nessas cartas, pois vivíamos numa ditadura onde as cartas ou os “Bate-estradas” eram espiados à lupa e não podíamos dar azo às tristezas, mal-estar, insatisfação e revolta.
Não temos palavras, o coração aperta ao reviver naquele álbum, ver imagens dos que foram os primeiros e os últimos, os que chegaram e os que por lá ficaram, aqueles que já se foram e os que hoje são outros, porque lá foram.
E as evacuações? E as noitadas? E a pouca ou má alimentação? E o cansaço? E? E?... E os que estavam junto à rede toda a noite? E os que estavam nos destacamentos, ainda mais na linha da frente? … Tantos EEE`s, que nem sei em que falar.
Quantos dias e noites passávamos em sobressalto, quando sabíamos que as nossas tripulações, nos fabulosos aviõezitos que tínhamos, entre tantas missões que lhes estavam destinadas, (missões de busca e salvamento, evacuações, protecção a colunas de militares e civis,) ainda saíam em missão de combate, municiados de armamento, que quando regressavam já nada traziam porque as descarregaram em locais pré estabelecidos, sem que esses homens soubessem o porquê de tamanha destruição.
Apesar do cenário de guerra em que se vivia, a coragem, o espírito de sacrifício, a camaradagem, fazia destes jovens, dignos de serem recordados com mais respeito, por aqueles que ainda hoje nos querem apagar da memória colectiva futura. Fizemos por merecer o respeito das chefias militares, dos governantes, do País a quem tanto demos e nada pedimos. Talvez um dia…
Escrevemos estas linhas, para que ao verem os nossos álbuns, não pensarem que a guerra era lá longe, e que as alegrias e os devaneios da juventude estampados nos nossos rostos eram toda a verdade, porque essa, só cada um pode dizer o que passou, o que sentiu o que foi.
DESTERRO, de certeza que foi para quase todos e por isso escrevemos a agradecer a todos os que têm colaborado neste Blog, com os seus depoimentos e Histórias de Guerra.
Esperamos, que se ainda não escreveste, o faças, para que te possamos recordar e revivermos os bons e maus tempos.
Recebam um abraço
Os Editores