segunda-feira, 19 de julho de 2010

INSÍGNIAS DE AERONAVES MILITARES




Insígnias usadas pelas aeronaves militares portuguesas



Em 1914, à semelhança do que vinha sendo feito pela maioria das aviações dos países aliados, o Exército Português começou a identificar as suas aeronaves com as cocares nacionais portuguesas de cores verde-vermelha. Os mesmos distintivos foram utilizados a partir de 1917, pelas aeronaves da Marinha Portuguesa. Nessa altura, as cocares eram pintadas normalmente apenas nas asas (parte superior dos extremos das asas superiores e parte inferior dos extremos das asas inferiores).
Os aviadores portugueses que combateram em esquadrilhas francesas e britânicas na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial identificavam a sua nacionalidade de duas maneiras: ou pintando bandas diagonais verdes e vermelhas nas fuselagens dos seus aviões ou pintando as partes azuis e brancas das cocares francesas, da cor verde, deixando a parte vermelha original e formando assim as cocares verde-vermelha de Portugal. 
Em 1918 a Aeronáutica Militar começou a utilizar outra insígnia de nacionalidade, a Cruz de Cristo. A mesma insígnia foi também adoptada pela Aviação Naval que contudo, ainda utilizou cocares verde-vermelhas até ao princípio da década de 1920. 
Na Aeronáutica Militar a Cruz de Cristo era normalmente colocada sobre um círculo branco e passou, além das asas, a ser aplicada também na lateral das fuselagens. Já nos aviões da Marinha, a Cruz de Cristo continuou, na maioria dos casos, a ser aplicada apenas nas asas e sem o círculo branco. A partir da década de 1940 a Aviação Naval adoptou o sistema de colocar as direita e sob parte inferior da asa esquerda. Com a unificação das aviações do Exército e da Marinha, na Força Aérea Portuguesa insígnias de nacionalidade apenas sobre a parte superior da asa em 1952 foi também adoptado um sistema único de identificação das aeronaves. No que diz respeito às Cruzes de Cristo, passaram ser aplicadas na fuselagem traseira e na parte superior da asa direita e na inferior da asa esquerda das aeronaves. 
No início da década de 1970, fruto da experiência da Guerra do Ultramar que então decorria, com o objectivo de aumentar o grau de camuflagem das aeronaves empregues em operações de combate, além da mudança da sua pintura base, procedeu-se também à redução do tamanho das insígnias de nacionalidade. Algumas das aeronaves foram inclusivamente empregues sem as Cruzes de Cristo.
A partir da reforma das pinturas das aeronaves da Força Aérea em 1980, as Cruzes de Cristo deixaram de ser aplicadas nas asas dos aparelhos camuflados.
Na década de 1990, em alguns aviões, começaram a ser utilizadas Cruzes de Cristo de baixa visibilidade pintadas em cinzento.


Por: Aníbal de Oliveira

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