Eu fui piloto de helicóptero da Esquadra 94 da BA9, e em 9 de Junho de 1968 data da emboscada, estava destacado no AM43-Cazombo. Desde cedo, juntamente com os T6 e o DO-27 do AB4 ali destacados, desenvolvemos a missão de SAR - Busca e Salvamento.
Um a um recuperei quase todos os elementos envolvidos no episódio, excepção para um, o guia indígena que correu desde o local da emboscada até ao Cazombo, e conseguiu chegar ao AM ainda durante a noite e, foi o que deu o alarme.
Acordaram-me às 3 da manhã com o pedido de socorro, e de imediato organizei a Busca e Salvamento a iniciar ao nascer do Sol com o AL III (9262) pilotado por mim, dos 2 T6 e do DO-27 destacados no AM 43 e creio que ainda pedimos T6 de reforço ao AB4.
A recuperação começou logo cedo pela manhã mas só conseguimos recuperar os elementos emboscados um a um e nos locais mais variados quando os conseguíamos encontrar, facto que levou a que uns fossem resgatados mais rapidamente e outros mais demoradamente (possivelmente foi o caso do Neno). O último só o recuperei quase ao pôr do Sol por ter decidido encontrá-lo numa última tentativa, quando todos os outros meios já tinham terminado a busca.
Recuperei também e transportei para o AM43 o Furriel do Exército morto, pressuponho que pelo tiro que furou o para-brisas visível na foto. Estava sentado em frente ao volante embrulhado num cobertor - pois foi assim que o vi quando aterrei no local da emboscada para transportar o corpo e embrulhado no cobertor o transportei para o Cazombo.
Um a um recuperei quase todos os elementos envolvidos no episódio, excepção para um, o guia indígena que correu desde o local da emboscada até ao Cazombo, e conseguiu chegar ao AM ainda durante a noite e, foi o que deu o alarme.
Acordaram-me às 3 da manhã com o pedido de socorro, e de imediato organizei a Busca e Salvamento a iniciar ao nascer do Sol com o AL III (9262) pilotado por mim, dos 2 T6 e do DO-27 destacados no AM 43 e creio que ainda pedimos T6 de reforço ao AB4.
A recuperação começou logo cedo pela manhã mas só conseguimos recuperar os elementos emboscados um a um e nos locais mais variados quando os conseguíamos encontrar, facto que levou a que uns fossem resgatados mais rapidamente e outros mais demoradamente (possivelmente foi o caso do Neno). O último só o recuperei quase ao pôr do Sol por ter decidido encontrá-lo numa última tentativa, quando todos os outros meios já tinham terminado a busca.
Recuperei também e transportei para o AM43 o Furriel do Exército morto, pressuponho que pelo tiro que furou o para-brisas visível na foto. Estava sentado em frente ao volante embrulhado num cobertor - pois foi assim que o vi quando aterrei no local da emboscada para transportar o corpo e embrulhado no cobertor o transportei para o Cazombo.
Um dos recuperados foi o Neno e o médico disse-me logo que provavelmente teria que lhe amputar o braço, conforme aconteceu.
Quando da recuperação do Neno o médico - cirurgião - que me acompanhava no heli, Dr. Freitas de Oliveira; disse logo que era pouco provável que lhe conseguisse salvar o braço - embora gostasse de o fazer - pois já estava a gangrenar e se não lho amputasse não iria sobreviver. Faço notar que, na época, apesar de as noites serem frias a temperatura subia rapidamente após o nascer do Sol. E rapidamente gangrenou o braço do Neno.
Quando da recuperação do Neno o médico - cirurgião - que me acompanhava no heli, Dr. Freitas de Oliveira; disse logo que era pouco provável que lhe conseguisse salvar o braço - embora gostasse de o fazer - pois já estava a gangrenar e se não lho amputasse não iria sobreviver. Faço notar que, na época, apesar de as noites serem frias a temperatura subia rapidamente após o nascer do Sol. E rapidamente gangrenou o braço do Neno.
Na última saída, já em hora próxima do por do Sol, conseguimos recuperar o último militar do AB4, destacado no AM 43. Nem os aviões nem nós no helicóptero conseguimos avistá-lo - embora o tenhamos sobrevoado várias vezes, segundo disse - porque vestia um fato "macaco" amarelado, da cor do capim. E só por nós foi finalmente avistado - por mim, piloto e por 2 mecânicos que comigo voavam no heli - porque o avistamento ocorreu num ângulo diferente dos anteriores.
O José Ilídio e o Alexandre Barbosa, Mecânicos Especialistas da Esquadra 94 que me acompanharam nesta última saída, ajudaram-me a reconstituir o episódio, a relatar em livro.
Obs.: Os mecânicos que participaram na TEVS foram: 1º. Cabo MELEC José Ilídio e o 1º. Cabo MMA Alexandre Barbosa (este estava a ser "largado"). Estes dois Mecânicos de Voo da Esqª. 94 ajudaram-me a relatar este episódio. No Destacamento estava ainda o 1º. Cabo MMA Cruz (Cabo-Verdiano).
Obs.: Os mecânicos que participaram na TEVS foram: 1º. Cabo MELEC José Ilídio e o 1º. Cabo MMA Alexandre Barbosa (este estava a ser "largado"). Estes dois Mecânicos de Voo da Esqª. 94 ajudaram-me a relatar este episódio. No Destacamento estava ainda o 1º. Cabo MMA Cruz (Cabo-Verdiano).
Apontamento sobre o assunto; 54 anos após a emboscada não é fácil tudo recordar com exatidão e pode haver lugar a lapsos (e, naturalmente, diferentes versões)
Por:
José Carlos Pinto Strecht Ribeiro- Pil. |