ULTIMO DIA
24ago2024
A semana passou a correr e o dia não menos.
Assim, feito o check-out na unidade hoteleira, ficamos por lá a aguardar “sinais vindos do ar”, para “marcharmos” rumo à BAS-Base Aérea de Saurimo, ex-AB4 para embarcarmos para Luanda, BA1 da FAN-Força Aérea Nacional, de Angola, ex-BA9.
Por volta das 10h00, o “passarão” voador da FAN, o IL-76TD, com os seus quatro propulsores, apareceu no ar, roncando na aproximação a pista pelo lado Norte.
Tomamos o minibus e lá fomos até à BAS, onde o referido avião estacionou, desta vez não na Placa da antiga Linha da Frente, mas sim na Placa doAeroporto Deolinda Rodrigues, e do nosso inesquecível Nord que regularmente nos visitava, assim como o Fokker da DTA.
Aguardamos os procedimentos por lá e “timidamente” visionamos a “majestosa”, o Hangar da Manutenção, e a zona dos Clubes, incluindo o dos Especialistas, hoje abandonado e em ruínas, sem coberturas e as paredes semidestruídas – já se passaram 50 anos e não se lhes deu ocupação útil, nada de ressentimentos.
Por volta das 10h45 embarcamos os oito “ex-Militares do AB4”, o Brigadeiro João Pinto e seu segurança.
Por volta das 10h45 embarcamos os oito “ex-Militares do AB4”, o Brigadeiro João Pinto e seu segurança.
Tratando-se de um voo ao “fim de semana”, no mesmo voo, embarcaram alguns militares das Forças Armadas de Angola e muitos civis, ao todo e numa estimativa, cerca de 200 pessoas voaram rumo a Luanda.
Decorrida 01h20 de voo, mais coisa menos coisa, lá avistamos Luanda, com todo o seu esplendor de uma grande Cidade de África e no caso presente a Capital da República de Angola, com uma temperatura a rondar os 25ºC, nuvens altas, encobrindo totalmente o Sol. Sol esse que mais tarde apareceu com a dissipação das nuvens.
Concluídos os procedimentos de desembarque, rumamos para umas instalações, antigas nossas conhecidas, onde funcionava a Esquadra 92 dos Nord, hoje internamente transformada numa sala de Receção de Visitas Militares, com um minibar, onde tomámos um café e comemos uns biscoitos.
Decorrido alguns minutos, munidos de bagagem, tomamos um minibus, igual a um outro onde em Saurimo e arredores fizemos todas as nossas deslocações. Rumamos pelo Cazenga, para Sul, com destino ao Restaurante “POR DO SOL”, lá para os lados do Bairro Benfica.
No restaurante à beira Mar, com vista para a Ilha do Mossulo, por lá permanecemos até cerca das 15h00, pondo em dia a conversa sobre este Extraordinário Evento, suas peripécias e extras de alguns participantes que de onde em onde, “desapareciam” da vista do Grupo, quebrando o “protocolo de segurança” – nada de muito grave. No decorrer desse almoço, com a presença de um militar da FAN, pressuponho ou do EMFAA, o que nos acompanhou por Luanda.
Seguidamente, no referido autocarro, após troca de alguns possíveis itinerários, rumamos para o centro da cidade, dirigindo-nos pela marginal, passando pelas ex-instalações do BCP21, com destino à Restinga de Luanda a qual envolve a Bacia de Luanda. Viagem de ida e volta, avistando o Forte de São Miguel, no qual funciona o Museu Militar que pretendíamos visitar, onde está o celebre T6 – 1685, meu “companheiro” no regresso do AB4 para a BA9 em 30jun75, mas tal não foi possível por estar fechado (sábado). Assim prosseguimos o “passeio” por toda a orla da Baía de Luanda, dirigindo-nos para o lado Norte, subindo em direção ao antigo Cinema Miramar e no retorno para o Aeroporto 4 de Fevereiro, passamos em frente à Embaixada de Portugal e seu Consulado, atravessando alguns dos típicos bairros do tempo colonial que por lá mantêm a sua designação.
Chegados ao aeroporto, ficamos por lá a aguardar o chek in uma parte do grupo viajava pela TAP e outro pela TAAG, sempre até chegarmos ao “free shop”, acompanhados pelo Brigadeiro João Pinto e pelo elemento do protocolo referido. Por aí, ultrapassada a alfândega e demais seguranças aeroportuárias, despedimo-nos do NOSSO ANFITRIÃO, Brig. João Pinto, agradecendo de novo, ter-nos proporcionado esta “Histórica Missão Diplomática”, o Tempo o dirá.
Chegada a hora da primeira partida, para os elementos que viajaram pela TAP, primeiro avião a partir, 22h55, foi a vez de nos separarmos ao fim destes seis dias de convívio intenso e de muitas memórias avivadas – o meu grupo aterrou em Lisboa pelas 06h30, do dia 25 de agosto de 2024; o segundo grupo que viajou pela TAAG, chegou pouco tempo depois, rumando cada um a suas casas em localidades distintas do País desde o Norte, litoral Centro e zona metropolitana de Lisboa.
Boa reportagem. Parabéns
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