JURAMENTO DE BANDEIRA E ENTREGA DE DIPLOMAS
B.A. Nº. 2 – OTA – 27/AGOSTO/1971
Juramento de Bandeira da Escola de Recrutas 2/71
Em 27 de Agosto de 1971 realizou-se na Base Aérea nº.
2 a cerimónia do Juramento de Bandeira dos soldados cadetes do
curso de oficiais milicianos pilotos aviadores 1/71, de soldados alunos do
curso de sargentos milicianos pilotos 1/71 e de soldados alunos recrutas especialistas 2/71,
efectuando-se também a entrega de diplomas aos soldados cadetes alunos que terminaram os cursos de formação.
Presidiu às cerimónias o subchefe do
Estado-Maior da Força Aérea, brigadeiro Braz de Oliveira, que estava
acompanhado pelo brigadeiro José André
da Silva, director do serviço de Intendência e Contabilidade, pelo coronel para-quedista Alcino Ribeiro,
da Direcção do Serviço de Instrução, pelo coronel
médico Fernandes Tender, da Direcção do Serviço de Saúde e outros oficiais.
Depois de passar revista à guarda de honra, comandada pelo capitão Sengo, o brigadeiro Braz de Oliveira e os restantes
oficiais dirigiram-se para a tribuna de honra.
A iniciar as cerimónias, usou da
palavra o comandante da Base Aérea nº. 2, coronel
Brochado de Miranda, que pronunciou o discurso que mais abaixo publicamos.
A preceder o acto do juramento de bandeira, o alferes Salvador proferiu uma alocução alusiva ao acto. A fórmula
do juramento foi lida pelo tenente-coronel
Raul Tomás, que comandava a formatura em parada, sendo comandante do Grupo
de Instrução o major Noronha.
Seguiu-se a entrega de diplomas e prémios, finda a qual as forças em parada
desfilaram em continência perante a tribuna de honra. A encerrar houve
demonstrações de manejo de arma a pé firme em marcha e de luta individual.
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Cor. Brochado de Miranda |
A abrir a cerimónia, o comandante da Unidade, coronel Brochado de Miranda, leu o seguinte discurso:
“Vestiu-se de galas a Base Aérea nº. 2 para realizar condignamente mais uma cerimónia de Juramento de Bandeira. Vestiu-se de galas para honrar altas entidades oficiais e para acolher convidados e visitantes. Uma vez mais tenho eu o privilégio de saudar Vª. Exªs. e de lhes apresentar cumprimentos de boas vindas.
O estandarte da Unidade sai hoje do recolhimento em que
normalmente repousa, em lugar de distinção, para, às mãos de quem este ano foi
distinguido com a honrosa missão de Porta-Bandeira, se postar em frente da
formatura geral da B.A.2 e, como símbolo e imagem da Pátria, receber um
compromisso de honra de várias centenas de jovens militares da Força Aérea.
Foi ainda há
poucas semanas que estes rapazes se apresentaram. A instrução que até agora
lhes foi ministrada teve por finalidade essencial enquadrá-los num conjunto
onde se procurou desenvolver a capacidade individual de resistência ao esforço físico, estimular a vontade para vencer dificuldades e interesses pessoais
e, paralelamente, excitar o espírito de solidariedade.
O que atraiu ou porque vieram servir na Força Aérea?
Pelo interesse na carreira militar?
Pela possibilidade de associar, à obrigatoriedade de
prestação de serviço militar, a aquisição de conhecimentos úteis à sua formação
ou valorização profissional?
Ou simplesmente para, frustrados os intentos de prosseguir na
sequência normal de estudos, cumprir o serviço militar em circunstâncias que
julgam menos rudes ou mais isentas de perigo?
Ou ainda em busca de correcção para desvios por caminhos
errados ou para carência de autoridade familiar?
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Distribuição de prémios aos soldados alunos que se distinguiram |
Não é oportuno neste momento dar resposta às interrogações. O
certo é que, seja qual for o motivo, todos eles são elementos da Força Aérea
que interessa bem treinados. A sua instrução merecerá pois os mais diligentes
cuidados, dedicando-se a partir de agora maior atenção ao indivíduo do que ao
grupo. Porque a nossa missão não é só a de ensinar a combater adversários, mas
também a de ajudar cada um a descobrir-se a si próprio, a saber suportar
responsabilidades, a respeitar a autoridade, a desenvolver e armazenar energias
morais.
Nas formalidades
que se vão suceder não encontraremos somente o acto do Juramento, que dá o nome
à cerimónia. Para que tudo não decorra com demasiada rapidez e com o propósito
de que a lembrança do momento se não esvaia facilmente da memória de cada um,
entendemos cercá-lo de ornamentos e colorido que, guardando-se todavia o
ambiente de solene seriedade, lhe não tirem a importância mas lhe realcem o
significado. É o que iremos encontrar no aprumo e altivez das tropas em parada; na sua atitude firme
e perfilada; no atavio; nas evoluções coordenadas em exercícios sincronizados;
no som galvanizante da marcha cadenciada; na distribuição de diplomas, prémios
e felicitações…
Ajuda-nos o dia, o ambiente e o local.
Faço votos para que guardem bem presente uma recordação viva
desta ocasião e desejo a todos as maiores felicidades.”
NUMEROSO CURSO DE PILOTOS DE HELICÓPTEROS RECEBEU “BREVETS”
BASE AÉREA Nº. 3 – TANCOS – 14/OUTUBRO/1971
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Tradicional foto de fim de curso |
Na Base Aérea nº. 3 (Tancos) realizou-se no dia 14 de Outubro de 1971 a cerimónia do brevetamento de 32 pilotos de helicópteros do PH1/71, que constitui um dos mais numerosos cursos dos últimos tempos.
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Cor. Ferreira Valente |
Presidiu
o Secretário de Estado da Aeronáutica,
brigadeiro Pereira do Nascimento, que estava acompanhado pelo
Director do Serviço de Comunicações e Tráfego Aéreo, brigadeiro Jorge Noronha, e pelo Director do Serviço de Instrução, brigadeiro Diogo Neto.
Ao chegar à Base Aérea nº. 3, o Secretário de Estado da Aeronáutica
recebeu os cumprimentos do comandante da Unidade, coronel Ferreira Valente,
dirigindo-se depois para a tribuna de honra, junto da qual o aguardavam os
oficiais que prestam serviço na BA3.
A iniciar as cerimónias, o coronel Ferreira Valente
pronunciou algumas palavras.
Em seguida,
os instrutores colocaram no peito dos seus instruendos as “asas” de pilotos de
helicópteros, após o que o Secretário de Estado da Aeronáutica e os oficiais generais
presentes entregaram os diplomas aos novos pilotos. Finda a entrega dos
diplomas, os 32 novos pilotos desfilaram em continência perante a tribuna de
honra, seguindo-se o desfile das forças em parada, comandadas pelo 2.º
comandante da Unidade, tenente-coronel
Orlando Amaral.
Ao
terminar a cerimónia seis helicópteros efectuaram alguns voos de formação,
enquanto um se exibia em várias figuras demonstrativas das possibilidades de
manobra daquelas aeronaves.
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Brig. Pereira Nascimento na entrega de diplomas |
No
discurso que pronunciou, o comandante da BA 3 teve a ocasião de tecer algumas
considerações sobre os cursos de pilotos de helicópteros. Dirigindo-se aos pais
dos alunos, transmitiu-lhes felicitações pela vitória alcançada. “Vitória que,
quero saibais não ter sido fácil e de que foram eles os principais obreiros,
posto que tenha sido prazer e obrigação de funções o amparo que os seus
superiores lhes proporcionaram para poderem chegar a este dia, deixando pelo
caminho tantos que os não puderam acompanhar na dura escalada que tiveram de
vencer”. No final do seu discurso felicitou os alunos do curso a brevetar,
tendo palavras de muito apreço pelo trabalho realizado, considerando-os “Um
escol que, para mais, teve a viril decisão de escolher cumprir o seu tempo de
serviço militar num ramo e especialidades das forças armadas onde relativamente
bem poucos têm viabilidade de vencer”.
“Capacidade individual de resistência ao esforço físico,
estimular a vontade para vencer dificuldades e interesses pessoais e,
paralelamente, excitar o espírito de solidariedade.”
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Tribuna de honra com o SEA
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Notas: Recolha de informação nas Revistas “Mais Alto” nº. 148 – AGOSTO e nº. 149/150
de SETEMBRO/OUTUBRO DE 1971
Até breve
O
amigo