Camaxilo AM 42 |
Parece
incrível mas nunca fui ao Cazombo!
Fui ao Camaxilo uma única vez para reparar o
rádio farol pois uma daquelas trovoadas habituais queimou um dos circuitos.
Durante uma semana deu para um jogo de futebol contra a companhia de Exército ali destacada, que nos
fornecia o pão e água. No final foi uma jantarada, no quartel do exército,
cujo menu foi uma bacalhausada no forno. Um manjar dos deuses para quem tinha
passado dias a comer arroz com chouriço e chouriço com arroz por causa de uma
chuvada, que nos estragou alguns víveres. Por azar, nessa semana, o PV2 não
levou abastecimento por motivos de uma missão.
Foi
a semana mais acidentada que tive em Angola.
Um abrigo do AM |
Durante essa estadia, numa das noites, a sentinela viu um vulto e começou a disparar. Dado o alarme, despertei do burro onde dormia e passei o resto da madrugada a carregar os carregadores da metralha. O sargento-ajudante de abastecimento, que lá tinha ido fazer o inventário, foi colocar-se junto aos bidons de combustível aguardando pelos acontecimentos, quando de repente um dos bidons deu um estrondo de contracção. O homem deu um salto de susto e disse:- f.... as ajudas de custo não pagam o cagaço...e tudo terminou em bem, falso alarme.
Por:
Não foste o único, eu uns anos mais tarde também me sucedeu o mesmo tanto em relação ao arroz como ao cavaco. Obrigado por colaborare com o nosso blog. Um especial abraço de um especialista do AB4.
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