O North American F-86 Sabre foi um caça de combate diurno a jato, subsónico, desenvolvido pela North American a partir do final de 1944 e veio a ser um dos caças mais produzidos no mundo Ocidental, no tempo da Guerra fria. Ficou famoso pelo seu envolvimento na Guerra da Coreia onde defrontou com sucesso o seu principal oponente o MiG-15.
Em 1955 durante as negociações para a renovação do acordo de cedência da Base Aérea N.°4 nas Lajes aos Estados Unidos, foram solicitados mais aviões F-84G para complementar as 50 unidades a operarem na Base Aérea N.°2 na Ota, a resposta foi afirmativa e foi ainda proposto o fornecimento do F-86E para constituírem duas esquadras, com a condição de uma das esquadras ficar na Base Aérea das Lajes nos Açores.
Com a assinatura do acordo em Novembro de 1957 foi criada a esquadra 50 em Fevereiro de 1958 sob o comando do Major Moura Pinto, interinamente a operar na Base Aérea n.º 2 na Ota até à inauguração da futura Base Aérea n.º 5 em Monte Real.
Os primeiros F-86 começaram a chegar a 25 de Agosto de 1958 à BA2, faziam parte de uma remeça de 30 Aviões tendo o último chegado em Outubro desse ano.
O primeiro voo de um piloto português num F-86F ocorreu no dia 22 de Setembro de 1958, realizado pelo Capitão Moura Pinto e, apenas dois dias depois, o mesmo viria a ser o primeiro a quebrar a barreira do som, ainda que em voo picado. Este acontecimento, até à época inédito em território Nacional, causou alguma surpresa e apreensão nas povoações vizinhas que ouviram o ribombar característico da passagem a voo supersónico, pelo que se teve de iniciar uma campanha de informação por forma a esclarecer a origem do fenómeno.
O fornecimento do F-86F terminou com a entrega do ultimo em Setembro de 1959.
No entanto os 65 aviões fornecidos foram na totalidade do modelo "F" bloco 35 e não do modelo "E" como acordado originalmente, foram elevados ao padrão F-86F bloco 40, com capacidade de transporte e disparo do míssil AIM-9B Sidewinder, os quais foram adquiridos em 1962.
Entre 1958 e 1960 foram recebidos 15 F-86F da Força Aérea Norueguesa, destinados a compensar as perdas sofridas pelos aparelhos iniciais, foram numerados de 5351 a 5365,sendo os dois últimos da versão F-86F-30 NA.
Os primeiros F-86 começaram a chegar a 25 de Agosto de 1958 à BA2, faziam parte de uma remeça de 30 Aviões tendo o último chegado em Outubro desse ano.
O primeiro voo de um piloto português num F-86F ocorreu no dia 22 de Setembro de 1958, realizado pelo Capitão Moura Pinto e, apenas dois dias depois, o mesmo viria a ser o primeiro a quebrar a barreira do som, ainda que em voo picado. Este acontecimento, até à época inédito em território Nacional, causou alguma surpresa e apreensão nas povoações vizinhas que ouviram o ribombar característico da passagem a voo supersónico, pelo que se teve de iniciar uma campanha de informação por forma a esclarecer a origem do fenómeno.
O fornecimento do F-86F terminou com a entrega do ultimo em Setembro de 1959.
No entanto os 65 aviões fornecidos foram na totalidade do modelo "F" bloco 35 e não do modelo "E" como acordado originalmente, foram elevados ao padrão F-86F bloco 40, com capacidade de transporte e disparo do míssil AIM-9B Sidewinder, os quais foram adquiridos em 1962.
Entre 1958 e 1960 foram recebidos 15 F-86F da Força Aérea Norueguesa, destinados a compensar as perdas sofridas pelos aparelhos iniciais, foram numerados de 5351 a 5365,sendo os dois últimos da versão F-86F-30 NA.
No dia 4 de Outubro de 1959 a Base Aérea n.º 5 em Monte Real ficou operacional e até Dezembro toda a logística e todos os F-86 finalizaram a mudança, onde ficaram a operar na esquadra 51, "Falcões" e na recém criada esquadra 52 "Galos", ambas integradas no grupo operacional 501.
Devido à necessidade de assegurar compromissos com a segurança dos territórios em África a esquadra 52 "Galos" foi desativada a 12 de junho de 1961, os seus pilotos atribuídos a outras tarefas e os seus aviões integrados na esquadra 51.
Devido à necessidade de assegurar compromissos com a segurança dos territórios em África a esquadra 52 "Galos" foi desativada a 12 de junho de 1961, os seus pilotos atribuídos a outras tarefas e os seus aviões integrados na esquadra 51.
A 8 de Agosto de 1961 oito F-86F, com os n.ºs de cauda 5307, 5314, 5322, 5326, 5354, 5356, 5361, 5362, iniciaram uma viagem de 3.800Km o equivalente a seis horas e dez minutos de voo, um recorde para Força Aérea Portuguesa ao tempo, que os levou até Bissalanca, à época um aeródromo, o AB2, junto a Bissau na Guiné Portuguesa, atual Guiné-Bissau, constituindo o destacamento 52.
A missão que ficou conhecida pelo nome de código Atlas, foi comandada pelo Major Ramiro de Almeida Santos e era suposto ficarem no terreno apenas 8 dias, fazendo uma demonstração de força, no sentido de evitar acontecimentos semelhantes aos verificados meses antes na então província de Angola.
A missão que ficou conhecida pelo nome de código Atlas, foi comandada pelo Major Ramiro de Almeida Santos e era suposto ficarem no terreno apenas 8 dias, fazendo uma demonstração de força, no sentido de evitar acontecimentos semelhantes aos verificados meses antes na então província de Angola.
No entanto com o agravar da situação em Angola e com o início das movimentações dos guerrilheiros do PAIGC, os F-86 foram ficando, mas apenas entraram em operações de combate no verão de 1963, quando a parte sul da colónia teve que ser evacuada, devido a intensa atividade da guerrilha. Entre agosto de 1963 e outubro de 1964, os F-86 voaram 577 missões a maioria das quais de ataque ao solo ou apoio aéreo próximo. Dos oito aviões destacados, sete foram atingidos por fogo inimigo, mas sempre conseguiram regressar. Dois foram destruídos, o 5314 a 17 de Agosto de 1962 numa aterragem de emergência, ainda com as bombas nos suportes de fixação externos e o 5322 a 31 de maio de 1963 abatido por fogo antiaéreo inimigo. Em ambos os casos os pilotos foram recuperados de imediato com vida.
Fortes pressões políticas exercidas pala Administração Norte-Americana, inviabilizaram a continuação da operação e ditaram o regresso dos Sabres a Portugal, já que os mesmos tinham sido fornecidos no âmbito da NATO e destinavam-se à proteção do seu flanco sul.
A última missão operacional, aconteceu a 20 de Outubro de 1964 e foi protagonizada pelo Major Barbeitos de Sousa, após a qual o destacamento 52 foi dissolvido, passando as suas missões a serem asseguradas pelos Fiat G.91/R4 e North-American T-6 Havard.
A última missão operacional, aconteceu a 20 de Outubro de 1964 e foi protagonizada pelo Major Barbeitos de Sousa, após a qual o destacamento 52 foi dissolvido, passando as suas missões a serem asseguradas pelos Fiat G.91/R4 e North-American T-6 Havard.
Fase final
Após a Revolução dos Cravos em 25 de abril de 1974, a Força Aérea Portuguesa passou por momentos difíceis, o abandono da maioria dos aviões nas ex-províncias ultramarinas, a falta de peças e ausência de manutenção a indisciplina, deficiente cadeia de comando ou ausência da mesma, aliada à instabilidade associada ao Processo Revolucionário em Curso. Apesar de estarem totalmente desatualizados, perto do final da década apenas seis F-86 se encontravam em condições de voo, finalmente a 31 de julho de 1980 são retirados do ativo, após o último voo, o voo da despedida com a duração de 1h25m, no qual uma parelha de F-86, n.ºs de cauda 5347 e 5360, sobrevoaram todas as unidades da FAP, pilotados respetivamente pelo tenente-coronel Victor Silva e capitão Roda
FB Veteranos da FAP
Capitão Roda, grande homem grande piloto. Conhecio na Ota em 1973.
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