VOUGTH A - 7P CORSAIR II
O A-7P Corsair ll é um avião monorreactor, destinado a missões de ataque a alvos de superfície a partir de um porta-aviões. Nasceu de um concurso lançado pela US NAVY em 1962, sendo considerado um avião ligeiro ágil e robusto, de baixo custo, manutenção fácil e económica, mas também com capacidade de transporte de grandes quantidades de armamento e de permanecer prolongadamente sobre o alvo. Desde 1965 até ao final a produção, em 1984, foram fabricados 1569 aparelhos.
Este avião evidenciou desde logo as suas capacidades em combate. Depois de ter voado pela primeira vez, ainda em protótipo, em 27 de Setembro de 1965, entrou em combate apenas dois anos depois, em Dezembro, de 1967, a partir de um porta-aviões ancorado ao largo do Vietname. Os A-7 passaram também a servir a USAF e foram responsáveis pelo aumento de capacidade aérea das forças norte-americanas naquele conflito. Desses tempos até agora, este aparelho foi sempre crescendo e evoluindo. Tais avanços permitiram mesmo aumentar a sua longevidade. Na USAF, em Maio de 1991, ainda estavam activos, permitindo o seu desempenho em várias missões na Guerra do Golfo, durante a operação Tempestade do Deserto. Sem dúvida, cumpriu sempre, de forma exemplar, o seu papel como plataforma de armamento com largada de grande precisão.
Após a saída de serviço dos F- 86 F Sabre, tornou-se urgente a continuidade da aquisição de equipamento e consequente modernização da Força Aérea Portuguesa. A aquisição, no início da década de 80 de 50 A-7P Corsair ll trouxe vantagens a nível tecnológico, assim como a nível do desenvolvimento de recursos humanos. Ao seleccionar-se este aparelho, aproveitou-se o material usado e disponível, com actualidade aceitável e uma relação custo/eficácia que proporcionou uma adequada capacidade operacional nas missões a desempenhar, embora a Força Aérea estivesse inicialmente interessada na compra dos aviões F-5 e não do A-7.Mas devido a restrições financeiras acabou por optar pelo A-7.
O primeiro lote de 20 aparelhos chegou a Portugal, à Base Aérea 5 de Monte Real, entre Dezembro de 1981 e Setembro de 1982.Todos estes aparelhos viriam a fazer parte da esquadra 302 em Monte Real. Mais tarde seria formada a esquadra 304 com um segundo lote de aparelhos.
Apesar de o avião A-7P nunca ter participado num conflito, desempenhou as várias missões para que foi chamado, mostrando sempre as melhores capacidades.
O dia 10 de Junho de 1999 fica marcado pela despedida de funções, após aproximadamente 64.000 horas de voo ao serviço da Força Aérea Portuguesa e 18 anos, durante os quais, infelizmente se perderam 16 aparelhos em acidentes
Créditos:Euro Impala/Força Aérea Portuguesa