Questão intrigante tantas vezes colocada: que acontece às nossas fezes e urinas quando usamos o WC durante o voo? Vai tudo borda fora?
Não. Nem pensar.
Tomemos como exemplo um Airbus A320, um dos aviões mais em uso por esse mundo fora.
Para começar é preciso abastecer o avião com água potável a cada paragem. Sem isso não é possível seguir viagem, por razões óbvias. Compete ao pessoal de bordo verificar os respectivos níveis antes da partida.
No caso do A320 existe na parte dianteira do avião um tanque que pode levar até 200 litros de água para servir as galleys* e as casas de banho.
Quando lavamos as mãos, os dentes ou a cara, a água que escorre na bacia é lançada para o exterior através de um pequeno dreno aquecido. O objectivo é evitar o seu congelamento e facilitar a pulverização. Nada chega ao solo.
E o resto?
No caso dos WC a coisa passa-se de forma algo diferente. Quando carregamos no botão de flush e produzimos uma descarga, tudo o que esteja na retrete é sugado por efeito de vácuo para um outro tanque. Este tem uma capacidade até 170 litros o que lhe permite guardar todos os dejectos até que o avião aterre. Durante a escala um veículo especialmente preparado para o efeito remove todo o conteúdo deste tanque e prepara-o para nova viagem. Nada mais simples.
Portanto, caro leitor, quando vir um avião voar sobre a sua cabeça não tem que se preocupar com quaisquer "produtos" indesejados caídos do céu. Preocupe-se antes com os pombos e gaivotas que por aí abundam, que esses não fazem qualquer cerimónia e "disparam" quando menos se espera.
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