O perigo de colisão de aves com aviões na gíria aeronáutica designada de «BIRD STRIKE»,também conhecido como perigo aviário, vem sendo referido e referenciado antes mesmo do 1ºvoo com motor realizado em 1906 por Alberto Santos Dumont.
Como consequência dos incidentes/acidentes, foram sendo implementados vários modos de afastar as aves dos locais de operação de aeronaves.
Sistemas luminosos, equipamentos sonoros com recurso a artefactos piro técnicos e falcoaria, têm sido algumas das medidas utilizadas visando o afastamento de aves do local de operação de aeronaves, evitando assim o «BIRD STRIKE já citado.
Recentemente e com uma frequência assustadora, vêm sendo reportados incidentes com DRONES (só no corrente mês de Junho foram seis),acontecendo perigosamente na área de manobra do Aeroporto Gen.Humberto Delgado em Lisboa e noutros locais.
Este último e perigoso fenómeno aeronáutico, resulta da permanente evolução da tecnologia, apresentando-se muito mais preocupante que a colisão entre aviões e aves.
Os DRONES,construídos em materiais muito mais rígidos
que as penas e a estrutura óssea das aves, constituem um perigo
substancialmente maior se foram absorvidos pelas entradas de ar das
turbinas, que são o elemento propulsor das aeronaves desta geração.
Sem querer entrar na discussão da legislação visando a utilização de
DRONES, parece-me que as autoridades competentes ANAC,ANACOM,TAP,ANA
deverão urgentemente criar procedimentos e mecanismos, pondo fim a esta
perigosa escalada de contactos entre aeronaves e DRONES.
Não abordarei sistemas de empastelamento, não falarei do transponder e muito menos do radar primário.
Chamo apenas a atenção da eventualidade de um acidente em Lisboa
envolvendo um avião de passageiros, que os efeitos serão incomensuráveis
e devastadores, tendo em conta o posicionamento do nosso principal
aeroporto, bem dentro do tecido urbano.
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