BASE AÉREA Nº. 7 - CURSO SARG. P2/69
DESIGNAÇÃO
DO CURSO: “TOSKOS”
LEMA:
Do desânimo das dificuldades para a alegria de vencer
MAIS
19 JOVENS PORTUGUESES RECEBERAM AS “ASAS” DE PILOTOS
Em avião militar, deslocou-se no dia 23 de Julho de 1970 à Base Aérea nº. 7, em
S. Jacinto (Aveiro) o Secretário de Estado da Aeronáutica, brigadeiro
Pereira do Nascimento, a fim de presidir às cerimónias de entrega de “brevets”
do curso de pilotagem P-SARG. 2/69.
Acompanharam-no os brigadeiros Jorge Noronha, Sousa Oliveira e Braz de
Oliveira, respectivamente directores dos Serviços de Comunicações e Tráfego
Aéreo, Material e Pessoal da Força Aérea; do coronel Pereira Vaz, director
interino do Serviço de Instrução; e do coronel Alberto Bastos, chefe do
gabinete daquele membro do Governo.
Coronel José F. Valente |
A iniciar as cerimónias, o comandante da Base Aérea nº. 7 saudou as entidades presentes, em especial o Secretário de Estado da Aeronáutica, pois a sua presença era um estímulo e uma honra para os 19 pilotos que iam ser brevetados.
Usou da palavra o comandante da esquadra
de instrução, major piloto aviador Aníbal José Coentro de Pinho Freire que, dirigindo-se aos pais dos alunos
disse poderem estes “estar orgulhosos dos seus filhos. Venceram um curso
difícil, em que se exige um elevado grau de qualidades físicas, morais,
psíquicas e intelectuais, porque as tem que possuir quem tem que desempenhar
missões de grande responsabilidade que lhe irão ser destinadas. Chegam a este
dia após uma dura selecção e constituem, com certeza, um escol. Por isso mais
uma vez afirmo que podeis estar orgulhosos deles. Nós estamos”.
Tribuna de honra em que falava o Major Pinho Freire – Comandante da Esquadra de Instrução |
Depois de terem recebido os Diplomas, os novos pilotos desfilam em frente da Tribuna |
E a terminar afirmou: “a Esquadra de
Instrução de Pilotagem, como órgão operacional e razão de ser desta Unidade,
entrega à Nação mais 19 pilotos que estão desejosos de mostrar o que valem e,
tenho a certeza, saberão cumprir com galhardia, competência e
disciplinadamente. Assim Deus os proteja e o bom senso não lhes falte”.
Seguiu-se a entrega de “brevets” que,
como já é tradicional, foi feita pelos respectivos instrutores, após o que o
Secretário de Estado da Aeronáutica e as outras individualidades presentes
fizeram a entrega dos diplomas.
Depois do desfile em continência das
forças em parada seguiu-se o desfile aéreo e exibição de algumas figuras de acrobacia por um avião “T-6”.
Caso tivesse eu sido
aprovado nos testes para o curso de pilotagem e conseguisse obter o “brevet”,
provavelmente estaria presente nesta cerimónia!... O premiado, foi o piloto
Semedo, meu companheiro nos testes durante 28 dias, realizados em grande parte
na Rua Alexandre Herculano, perpendicular à Avª. da Liberdade, Lisboa. Passados
cinco anos, (1974) estando eu a dar a volta ao país de mochila às costas e à
boleia, encontrava-me a solicitar informações à recepcionista num Hotel de
Elvas, perguntando-lhe se conhecia na cidade um piloto chamado Semedo.
Coincidência, das coincidências…naquele preciso momento, ela apontou para a
porta de entrada no Hall, e disse-me: Ali vai ele a passar!...Tinha seguido
para Moçambique, e eu, para Angola!...
Notas: Recolha de informação
na Revista “Mais Alto” nº. 136 – Agosto
1970
Até breve
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