sexta-feira, 11 de abril de 2014

A ORIGEM DA CONTINÊNCIA MILITAR

A continência militar tem uma origem comum com o nosso hábito de apertar a mão, e ambos datam dos tempos em que, geralmente todos os homens andavam armados.
Quando dois homens se encontravam, em boa paz, cada um deles levantava a mão direita para mostrar que não trazia qualquer arma e que se podiam aproximar em segurança. Quando os civis deixaram de trazer armas, continuou o hábito de levantar a mão direita, em forma de saudação. Tornou-se, depois, o costume de tocar as mãos e finalmente, passou-se ao aperto de mão, tal como hoje o conhecemos. Algumas pesquisas indicam que a continência foi criada na época medieval, onde os cavaleiros, para identificarem-se aos seus superiores abriam a parte frontal de seu elmo, com um movimento similar ao de prestar continência.
Diante do rei, os cavaleiros, que se protegiam com enormes armaduras, eram obrigados a se identificar. Para isso, tinham de erguer a viseira do elmo, o capacete medieval, com a ponta dos dedos da mão direita. O gesto era também um sinal de paz, porque com a mão no elmo o cavaleiro não poderia sacar a espada – e assim evitava reacções hostis e era um sinal de respeito na presença dos soberanos.
Com o tempo esse costume espalhou-se também entre os membros de um exército: a mão levada a testa era o início de um aceno amigável; servia também como uma espécie de senha, pois tinha muitas variações para confundir os inimigos.
No caso daqueles que continuaram a usar armas – os militares- o levantar a mão tornou-se uma questão mais grave, resultando daí a actual continência ser cerimoniosa. Continência é a saudação militar e uma das maneiras de manifestar respeito e apreço aos seus superiores, pares, subordinados e símbolos.
A iniciativa de prestar continência deve vir sempre da patente inferior e obrigatoriamente respondida pelo superior hierárquico. Talvez por isso – como em tudo na humanidade – algumas pessoas confundam esse nobre gesto com afirmação de superioridade ou mesmo para ratificar a condição “inferior” de seus comandados, originando inclusive, casos de abuso de “superioridade” de alguns militares de patente mais elevada, que muitas vezes não correspondem ao cumprimento.
A saudação militar conhecida como "bater continência".
Nem em todas as Forças Armadas têm o mesmo modo de cumprimentar.

Nos vários Ramos das Forças Armadas dos vários países, há formas diferentes de fazer continência: as palmas da mão nem sempre são posicionadas da mesma forma, dando origem a que por exemplo sejam feitas com a palma virada para fora
Histórias curiosas e ao mesmo tempo verdadeiras.
1º.
Um soldado desatento passou pelo capitão e não o cumprimentou da maneira correcta. Imediatamente o oficial chamou a atenção do soldado, aos berros e exigiu que ele lhe prestasse continência 50 vezes seguidas. Dessa maneira – acreditava o capitão – ele aprenderia a lição e não cometeria novamente esse ato de insubordinação.
E assim fez o soldado, seguidamente movimentando seu braço direito enquanto o capitão realizava a contagem.
Um pouco mais afastado, um coronel observava tranquilamente o desfecho da cena. Ao final das 50 continências, é o coronel quem intervém:
Capitão, vi que o soldado prestou 50 continências para o senhor. Pois bem, é seu dever retribuí-las.
2ª.
Um soldado, também desatento, passando por um general esqueceu~se de lhe fazer a continência e quando se apercebe do erro ficou sem saber o que fazer.Enchendo-se de coragem pediu para falar com o general, o que lhe foi concedido.Na sua presença desfaz-se em desculpas.O general depois de ouvir o soldado manda-o em paz, alertando no entanto que nunca se esqueça de cumprimentar o sargento...

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